O início sumptuoso de "Burned Ivy", com coros em grande destaque dá logo a ideia de que vamos estar presente sobre power metal com contornos sinfónicos, aquilo que as editoras ou distribuidoras gostam de chamar de metal sinfónico, principalmente quando tem uma vocalista (na verdade tem dois vocalistas, mas já lá vamos) - daí a tentação de associar a bandas como Epica. É power metal com teclados e arranjos orquestrais, fiquemos com esse ponto bem acente. Considerando que este é o álbum de estreia desta banda grega, até se pode dar o desconto para que aquilo que se adivinha ser mais do mesmo. Os preconceitos são maus porque muitas das vezes condenam injustamente, e como tal é melhor sempre ouvir para avaliar imparcialmente.
Em termos sonoros, "Ethereal" está um luxo. Com uma produção poderosa, tendo todos os instrumentos a ouvir-se perfeitamente e com a voz a ter grande destaque, as músicas fluem bem mas acabam por não ter aquele elemento que cative logo à primeira. A voz de Spylas é um bocado genérica e a voz de Christos Kontoulis não é forte o suficiente para criar o efeito de "bela e o monstro" assim como também não tem um grande impacto nas músicas em que participa. Mesmo assim, há aqui talento inegável e não deixa de ser um pouco injustiça, já que se este álbum tivesse sido lançado dez anos atrás, teria vendido que nem frango assado.
Existem muitos bons momentos, como a faixa título e a empolgante "Nightouched", mas há um cansaço que é gerado devido a ter-se a sensação de que se está sempre a ouvir a mesma música, ou pelo menos, sempre as mesmas soluções, sempre os mesmos sons de sintetizador. Seria necessário mais soluções do que aquelas apresentadas, mas isto estamos a falar para o álbum ser perfeito. É um álbum de power metal sinfónico (com os toques de gótico aqui e ali) que cativa apesar das suas falhas e que dá vontade de seguir esta banda, para acompanhar a sua evolução - ou tendo esperança que ela exista.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
Em termos sonoros, "Ethereal" está um luxo. Com uma produção poderosa, tendo todos os instrumentos a ouvir-se perfeitamente e com a voz a ter grande destaque, as músicas fluem bem mas acabam por não ter aquele elemento que cative logo à primeira. A voz de Spylas é um bocado genérica e a voz de Christos Kontoulis não é forte o suficiente para criar o efeito de "bela e o monstro" assim como também não tem um grande impacto nas músicas em que participa. Mesmo assim, há aqui talento inegável e não deixa de ser um pouco injustiça, já que se este álbum tivesse sido lançado dez anos atrás, teria vendido que nem frango assado.
Existem muitos bons momentos, como a faixa título e a empolgante "Nightouched", mas há um cansaço que é gerado devido a ter-se a sensação de que se está sempre a ouvir a mesma música, ou pelo menos, sempre as mesmas soluções, sempre os mesmos sons de sintetizador. Seria necessário mais soluções do que aquelas apresentadas, mas isto estamos a falar para o álbum ser perfeito. É um álbum de power metal sinfónico (com os toques de gótico aqui e ali) que cativa apesar das suas falhas e que dá vontade de seguir esta banda, para acompanhar a sua evolução - ou tendo esperança que ela exista.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira