Quando se julga que já se viu tudo, que a música está estagnada e que não há mais nada a inventar, aparece sempre algo ou alguém apenas para mostrar que apesar de ser cada vez mais difícil revolucionar a música, ainda existe criatividade suficiente para pegar naquilo que há, baralhar e dar um jogo que ninguém espera. Os InsIDeaD são gregos e este é o seu segundo álbum, que à primeira vista parece ser um álbum conceptual sobre as raízes e o orgulho grego. A faixa de abertura, "We The Hellenes" não poderia ser mais explícita. O início, com spoken word e o que parece o som de tsampouna, um instrumento ancestral grego (parece uma gaita de foles) prepara o ouvinte para talvez um metal étnico, até um power metal, mas nada na linha do thrash metal moderno empolgante. Grandes riffs, grandes refrões, épico como tudo e sim, tudo thrash metal.
"Together As One" começa com uma melodia de guitarra limpa, mas novamente o thrash metal explode, com um riff viciante inicial e ritmos poderosos no meio. A banda brilha tanto instrumentalmente como no departamento da voz, com George T. a transmitir tanto agressividade como melodia, principalmente nos refrões. O que impressiona mesmo é a capacidade de fazer músicas épicas, com as regras modernas (melodia no refrão antémico) em conjugação com as que são essenciais ao metal, ou pelo menos deveriam ser (os solos e linhas de guitarra virtuosas. Produzido por Logan Mader, eterno ex-guitarrista dos Machine Head e produtor, o som de "Eleysis" é sem dúvida viciante do início ao fim. A Noisehead Records tem aqui uma das grandes surpresas e porque não, esperanças do metal grego. Talvez não sejam o "Hellenic Folk Metal" como foram descritos algures - isso também será abusivo - mas que são uma banda madura que evoluíram milhas depois da estreia, disso não existem quaisquer dúvidas.
Com uma tendência para escrever coisas épicas, como o tema título, "The 7 Dogs" (esta com uns ritmos nu-metal que soam surpreendentemente bem no contexto da música) e o que fecha o álbum, "Alexander", parece haver aqui talento a rodos mas nem só de epicidade vive este trabalho. "Reign Into The Light" é straight to the point; "Athena" um experimento em melodia que não é soft o suficiente para passar numa rádio, mas anda lá perto; e "Zero Point", talvez a mais descaradamente moderna, com riffs bem low-tuned, mas que mesmo assim, mantém a qualidade por cima.
Este trabalho surpreende pela vitalidade, pela coragem e principalmente pelo seu resultado. Poderia ter tudo isto e o resultado não ser simplesmente memorável - quantas vezes isso não aconteceu antes? Tem-se aqui um grande álbum de thrash metal, ousado nos elementos que mistura, à primeira audição, incompatíveis. Grande, enorme álbum.
Nota: 9/10
"Together As One" começa com uma melodia de guitarra limpa, mas novamente o thrash metal explode, com um riff viciante inicial e ritmos poderosos no meio. A banda brilha tanto instrumentalmente como no departamento da voz, com George T. a transmitir tanto agressividade como melodia, principalmente nos refrões. O que impressiona mesmo é a capacidade de fazer músicas épicas, com as regras modernas (melodia no refrão antémico) em conjugação com as que são essenciais ao metal, ou pelo menos deveriam ser (os solos e linhas de guitarra virtuosas. Produzido por Logan Mader, eterno ex-guitarrista dos Machine Head e produtor, o som de "Eleysis" é sem dúvida viciante do início ao fim. A Noisehead Records tem aqui uma das grandes surpresas e porque não, esperanças do metal grego. Talvez não sejam o "Hellenic Folk Metal" como foram descritos algures - isso também será abusivo - mas que são uma banda madura que evoluíram milhas depois da estreia, disso não existem quaisquer dúvidas.
Com uma tendência para escrever coisas épicas, como o tema título, "The 7 Dogs" (esta com uns ritmos nu-metal que soam surpreendentemente bem no contexto da música) e o que fecha o álbum, "Alexander", parece haver aqui talento a rodos mas nem só de epicidade vive este trabalho. "Reign Into The Light" é straight to the point; "Athena" um experimento em melodia que não é soft o suficiente para passar numa rádio, mas anda lá perto; e "Zero Point", talvez a mais descaradamente moderna, com riffs bem low-tuned, mas que mesmo assim, mantém a qualidade por cima.
Este trabalho surpreende pela vitalidade, pela coragem e principalmente pelo seu resultado. Poderia ter tudo isto e o resultado não ser simplesmente memorável - quantas vezes isso não aconteceu antes? Tem-se aqui um grande álbum de thrash metal, ousado nos elementos que mistura, à primeira audição, incompatíveis. Grande, enorme álbum.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira