Qual é coisa, qual é ela, que tem dez músicas, vinte e quatro minutos e estás danado da vida ao ponto de espancar toda a gente que se lhe atravesse à frente? É o novo álbum dos Circle Of Rage. E pela curta duração do álbum pode-se já reduzir o espectro de possibilidades ao punk/hardcore, ao crossover ou até mesmo ao grindcore. Não chegando a ter a selvajaria deste último estilo, acaba por ter um pouco dos anteriores, mas há um certo elemento desconhecido ou inqualificável que acompanha todas as músicas ao longo da duração do álbum. Seja o espírito bem metal dos riffs ninja que aparecem na "Unnatural Selection", o espírito Sepultura da fase "Chaos A.D." que aparece na "Fear Does Not Exist In This Dojo" ou a cavalgada cheia de groove da "Ftse Fetish", sem falar nos solos.
Instrumentalmente, "Rage In D-Minor" surpreende do início ao fim, como um miúdo irrequieto que não consegue parar de andar a correr pela casa mesmo quando todos já lhe disseram para parar quieto. A base é sem dúvida o punk mas há tanto a acontecer aqui fora desse âmbito que chega a ser criminoso catalogá-los como apenas uma banda punk. Brutalidade e peso, no entanto, também existe espaço para a melancolia - "Cui Bono? é uma coisa do outro mundo com os seus riffs galopantes e a sua melodia em tremolo picking que vai desaguar num inspiradissimo solo que só peca por acabar cedo demais.
Existe aquele problema de bandas que tentam ir a todo o lado mas que não vão a lado nenhum. No caso dos Circle Of Rage, eles vão realmente vão a todo o lado, apenas não ficam lá o tempo suficiente para que se possa aproveitar em pleno, mas é feito de tal forma magistral que nem sequer se torna numa questão no final do album. Curto, intenso e que dá vontade de voltar a ouvir assim que chegado ao fim até porque vinte e cinco minutos passam num instante.
Instrumentalmente, "Rage In D-Minor" surpreende do início ao fim, como um miúdo irrequieto que não consegue parar de andar a correr pela casa mesmo quando todos já lhe disseram para parar quieto. A base é sem dúvida o punk mas há tanto a acontecer aqui fora desse âmbito que chega a ser criminoso catalogá-los como apenas uma banda punk. Brutalidade e peso, no entanto, também existe espaço para a melancolia - "Cui Bono? é uma coisa do outro mundo com os seus riffs galopantes e a sua melodia em tremolo picking que vai desaguar num inspiradissimo solo que só peca por acabar cedo demais.
Existe aquele problema de bandas que tentam ir a todo o lado mas que não vão a lado nenhum. No caso dos Circle Of Rage, eles vão realmente vão a todo o lado, apenas não ficam lá o tempo suficiente para que se possa aproveitar em pleno, mas é feito de tal forma magistral que nem sequer se torna numa questão no final do album. Curto, intenso e que dá vontade de voltar a ouvir assim que chegado ao fim até porque vinte e cinco minutos passam num instante.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
