Estrearam-se em 1990, com o álbum “Lost Paradise”, e depressa se tornaram um marco dentro da música extrema. Sendo ainda hoje uma influência e um nome incontestável para o Doom Metal, comemoram este ano os 25 anos desde a sua formação original. Como forma de celebração do seu contributo para este género musical, e para assinalar esta data, os Paradise Lost lançam uma compilação numa edição especial, intitulada“Tragic Illusion 25 (The Rarities)”.
O álbum vai ser lançado na Europa a 21 de Setembro e conta com a contribuição artística do designer francês Valnoir que já trabalhou com bandas como Orphaned Land, Watain e Morbid Angel, entre outras.
A compilação contém raridades já previamente editadas, 2 músicas já conhecidas, mas gravadas de novo (“Gothic 2013” e “Our Saviour 2013”), mais uma nova música (“Loneliness Remains”).
Faixas de Tragic Illusion 25 (The Rarities):
2. Never Take Me Alive (“Spear of Destiny” cover version)
3. Ending Through Changes
4. The Last Fallen Saviour
5. Last Regret (Lost in Prague Orchestra Mix)
6. Faith Divides Us - Death Unites Us (Lost in Prague Orchestra Mix)
7. Cardinal Zero
8. Back On Disaster
9. Sons Of Perdition
10. Godless
11. Missing (“Everything but the Girl” cover version)
12. Silent in Heart
13. Gothic 2013
14. Our Saviour 2013
Aaron Aedy (guitarrista) falou sobre como era começar uma banda no princípio dos anos 90. “Trocar demos e músicas ao vivo em cassette por correio (correio mesmo real físico!) pela cena underground era essencial para uma banda ter a oportunidade de ser conhecida pelas pessoas que iriam “perceber” a música.” Falou da importância de revistas como Metal Hammer, Metal Forces e Kerrang!, que ajudavam algumas bandas da cena underground, e também de programas televisivos como o Headbangers Ball da MTv, que introduziam a geração a bandas de rock e heavy metal.
Em relação ao percurso ao longo destes anos, refere: “Estes 25 anos viram muitas mudanças, não só musicalmente para a banda- por exemplo, “Our Saviour” e “Faith Divides Us, Death Unites Us”. A internet alargou imenso a nossa possibilidade de escolha em termos de música que podemos ouvir no momento e, mais importante ainda, a música que podemos ouvir e ver por nós próprios para formar a nossa própria opinião. [Não ouvimos só] o que as grandes companhias comerciais e estações de rádio/tv querem que nós oiçamos!”
Quanto às novas gravações das duas músicas já editadas, refere que não queriam gravar com o som perfeito de uma gravação do século XXI, por pensarem que as canções perderiam o seu encanto original. Contaram com a ajuda do seu produtor e amigo de longa data Simon Efemey e gravaram as canções de forma rápida a velocidade demo, para tentar capturar aquela textura áspera das gravações de há 25 anos atrás. Refere ainda: “Não pensem nas regravações como substitutos dos nossos originais, mas antes como apenas 5 gajos a divertirem-se a revisitar o passado no estúdio.”
Quanto à evolução da música até aos dias de hoje, diz ainda: “Frequentemente me lembro de na minha adolescência ir para casa no autocarro todo entusiasmado com um novo LP, a ler as letras todas, a apreciar a capa suficientemente grande para tornar a arte intrincadamente deliciosa e de valer a pena. São realmente grandes memórias que me aquecem o coração. No entanto, a música nova e velha que descubro agora na internet em pleno século XXI é maravilhosa! Estou contente por ter tido ambas as experiências com os “Paradise Lost” e quem sabe o que o futuro nos reserva. Eu estou muito entusiasmado para ver onde vamos a seguir!”
“Desejamos tudo de bom e, mais importante que isso, muito obrigada de todos nós pelo vosso apoio extraordinário, que nos faz sentir extremamente humildes. 25 anos e continuamos a contar!”
Os “Paradise Lost” vão dar vários concertos na Europa, tendo como bandas de suporte “Lacuna Coil” e “Katatonia”, e estes últimos tocarão o álbum “Viva Emptiness” inteiro, mas não há data anunciada para Portugal.
IS