Começam a faltar formas diferentes de começar críticas a álbuns com "core" no estilo. Ocellus não é nome de álbum, o que para já é um ponto extremamente positivo, mas a música é tão metalcore, tão cheia de clichês que a meio da primeira música começa logo a faltar a paciência, seja pelos trinta segundos de ritmos maquinais, pelos breakdowns, pela vozinha melódica no refrão... tudo tão bonitinho que dá vontade de vomitar. Eis que no último minuto (sensivelmente) a música ganha tomates e ganha mais interesse.
Interesse esse que se mantem no início da música seguinte, "A Life Once Lost" mas que logo se perde, passados trinta segundos, onde os clichês assaltam novamente, tornando uma música um marasmo até o riff que aparece por volta dos dois minutos e trinta segundos e que não dura mais que...trinta segundos. É tudo tão matemático que parece que estas músicas foram feitas a régua e esquadro, que foram pensadas antes de serem sentidas. E isto repete-se por todo o álbum, o que faz com que estes quase quarenta minutos de música se esgotem rapidamente.
Para o pessoal que gosta do metal "extremo" moderno, não há aqui razões para não delirarem com este álbum, no entanto, para todos os outros, falta muita coisa a este trabalho, principalmente alma. Não é que os músicos não tenham valor (o trabalho de bateria é de topo, o de guitarras também - considerando o estilo), não é que a produção seja má (um som bem forte que ainda evidencia mais o trabalho dos músicos), é apenas que a composição não é nada de especial. Demasiados mecânicos, demasiado previsíveis, excepto pelos escassos segundos de lufada de ar fresco em praticamente todas as músicas. Demasiado mais do mesmo para que façam a diferença e resistam ao teste do tempo.
Interesse esse que se mantem no início da música seguinte, "A Life Once Lost" mas que logo se perde, passados trinta segundos, onde os clichês assaltam novamente, tornando uma música um marasmo até o riff que aparece por volta dos dois minutos e trinta segundos e que não dura mais que...trinta segundos. É tudo tão matemático que parece que estas músicas foram feitas a régua e esquadro, que foram pensadas antes de serem sentidas. E isto repete-se por todo o álbum, o que faz com que estes quase quarenta minutos de música se esgotem rapidamente.
Para o pessoal que gosta do metal "extremo" moderno, não há aqui razões para não delirarem com este álbum, no entanto, para todos os outros, falta muita coisa a este trabalho, principalmente alma. Não é que os músicos não tenham valor (o trabalho de bateria é de topo, o de guitarras também - considerando o estilo), não é que a produção seja má (um som bem forte que ainda evidencia mais o trabalho dos músicos), é apenas que a composição não é nada de especial. Demasiados mecânicos, demasiado previsíveis, excepto pelos escassos segundos de lufada de ar fresco em praticamente todas as músicas. Demasiado mais do mesmo para que façam a diferença e resistam ao teste do tempo.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira