Provavelmente isto já foi mencionado demasiadas vezes no passado, mas mesmo correndo o risco de soar repetitivo, tem que ser dito: intros instrumentais que fujam ao clichê de sintetizador a tentar a soar a orquestra são ouro. É o que o tema "Calix. Utero. Babalon." é, uma intro em condições para um álbum de black metal. O tema que se lhe segue, não desilude e é uma grande malha de black metal, algo cru, algo primitivo, mas mesmo assim com grande pujança.
Os Necromass são italianos e são uma das bandas mais clássicas da cena de black metal italiana, embora com uma carreira algo errática,tendo mudado de nome por duas vezes antes de ficarem com a actual designação. Estreiaram-se em 1994 com "Mysteria Mystica Zofiriana", tendo chegado o segundo dois anos depois na forma de "Abyss Calls Life" e apenas agora surge o terceiro álbum, dezassete anos depois, tendo a banda acabado pelo meio no período compreendido entre 1998 e 2011.
Apesar do som agreste, não deixa de haver uma certa melodia que percorre todo o álbum, mas é uma melodia mais ao nível épico. Faixas como "Scarlet Void Of Lust" que são poderosas do início ao fim. O álbum em si, não sendo aquele tipíco de black metal, acaba por ter uma dinâmica assinalável, constratando com temas como "The Bornless One", onde se dá uso de mais um pouco de groove (que também é possível de ter no black metal sem desvirtuar o estilo). É certo que o ocasional uso dos teclados não resulta em pleno, mas depois de dezassete anos de ausência, este álbum surpreende pela sobriedade e qualidade.
Os Necromass são italianos e são uma das bandas mais clássicas da cena de black metal italiana, embora com uma carreira algo errática,tendo mudado de nome por duas vezes antes de ficarem com a actual designação. Estreiaram-se em 1994 com "Mysteria Mystica Zofiriana", tendo chegado o segundo dois anos depois na forma de "Abyss Calls Life" e apenas agora surge o terceiro álbum, dezassete anos depois, tendo a banda acabado pelo meio no período compreendido entre 1998 e 2011.
Apesar do som agreste, não deixa de haver uma certa melodia que percorre todo o álbum, mas é uma melodia mais ao nível épico. Faixas como "Scarlet Void Of Lust" que são poderosas do início ao fim. O álbum em si, não sendo aquele tipíco de black metal, acaba por ter uma dinâmica assinalável, constratando com temas como "The Bornless One", onde se dá uso de mais um pouco de groove (que também é possível de ter no black metal sem desvirtuar o estilo). É certo que o ocasional uso dos teclados não resulta em pleno, mas depois de dezassete anos de ausência, este álbum surpreende pela sobriedade e qualidade.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
