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Eibon La Furies - "The Immoral Compass" Review


Tem-se assistido nos últimos anos ao lento ressurgir do Reino Unido às lides do metal extremo mundial, depois de uns anos de vergonhosa submissão ao que se fazia do outro lado do Atlântico. Novas propostas, novas bandas e perseverança por parte dessas mesmas. É o caso dos Eibon La Furies, que com este "The Immoral Compass" chegam ao segundo álbum depois de três anos desde o primeiro. O press-release descreve o som da banda como Victorian Metal, que por outras palavras quer dizer, "não sabemos o que raio chamar a isto mas se calhar se inventarmos um termo que ao principio parece ridículo, poderá pegar e fazer com que a banda fique na história por ter lançado primeiro o termo".

O som dos Eibon (chamemos-lhe assim) tem várias coisas de vários sítios. Elementos de black metal sinfónico (nomeadamente a voz e a forma como parece haver uma tendência para contar histórias - ou seja, aquele black metal com elementos góticos à lá Cradle Of Filth); death rock ou rock industrial, principalmente pela forma como a bateria está tocada (que parece mais programada do que outra coisa) e pelo som, demasiado digital e rígido; e um certo toque de darkwave/ambient que percorre todo o álbum; já o trabalho de guitarras parece que tem algo power metal ou de heavy metal tradicional, com alguns leads e cavalgadas a fazerem esse efeito.

Esta mistura que constituí o som dos Eibon La Furies é passível de agradar sobretudo aqueles que apreciam de sons mais próximos do gótico ou new wave. Será definitivamente um álbum que irritará os que gostam de black metal, mesmo os que gostam de black metal sinfónico, porque sinceramente, falta aqui punch. As guitarras estão demasiado condicionadas pelo seu som industrial, a bateria mecanizada que nunca é o totalmente acaba por gerar um meio termo estranho, que se expande aquilo que o álbum tenta transmitir. Sendo, possivelmente, injusto, "The Immoral Compass" pode ter todo este ambiente que referi neste e no parágrafo anterior e ser fruto de uma estratégia delineada cuidadosamente, assim como pode ser consequência de uma produção caseira que para qual não havia mais conhecimentos ou equipamento para tornar mais forte. É como um disco dos Carnival In Coal. Mas sem os momentos grind, a loucura. Falta punch e cinquenta e quatro minutos disto são um pouco dificeis de suportar.
 
Nota: 5/10

Review por Fernando Ferreira