Os Disappears são uma banda de rock psicadélico, alternativo e shoegaze oriunda dos Estados Unidos que desde 2008 já editaram quatro álbuns, contando com este "Era", e têm uma série de lançamentos em outros formatos. O rock alternativo/psicadélico deu parto a muita música interessante, muita música que marcou uma geração de músicos, no entanto, também trouxe muitos pseudo-intelectuais que apenas se interessavam em fazer música esquisita e incompreensível para que tivessem uma justificação para poderem dizer que o mundo os considera esquisitos e não os compreende.
Os Disappears estão algures no meio desses dois pólos. Já com Steve Shelley dos Sonic Youth fora do grupo (devido a problemas disponibilidade para as duas bandas, a banda de Chicago traz-nos sete músicas cheia de sensibilidades new wave, shoegaze e até krautrock. Se tivesse sido lançado em Berlim, no início dos anos oitenta, ou finais da década setenta, ninguém estranharia. Oscilando entre o irritante e o genial, por vezes na mesma música, "Era" não é um disco fácil de ouvir. Exige do ouvinte tanto que este pode cansar-se, a não ser, claro, que seja adepto das sonoridades que referi atrás.
O encanto de uma faixa de nove minutos como "Ultra", que é praticamente um mantra mais ou menos hipnótico do mesmo ritmo, com alguns intervalos, é que a mesma irrita tanto que se torna irresistível. Um álbum estranho, música estranha, que poderá agradar todos aqueles que gostam de ser desafiados, como que pode detestar ao mais comum metaleiro, que sinceramente, não deverá passar da primeira faixa. Recomendado unicamente para aventureiros, porque apesar de todos os pontos positivos, o balanço final é de uma seca ainda mais imponente do que dez anos de verão seguidos no Alentejo.
Os Disappears estão algures no meio desses dois pólos. Já com Steve Shelley dos Sonic Youth fora do grupo (devido a problemas disponibilidade para as duas bandas, a banda de Chicago traz-nos sete músicas cheia de sensibilidades new wave, shoegaze e até krautrock. Se tivesse sido lançado em Berlim, no início dos anos oitenta, ou finais da década setenta, ninguém estranharia. Oscilando entre o irritante e o genial, por vezes na mesma música, "Era" não é um disco fácil de ouvir. Exige do ouvinte tanto que este pode cansar-se, a não ser, claro, que seja adepto das sonoridades que referi atrás.
O encanto de uma faixa de nove minutos como "Ultra", que é praticamente um mantra mais ou menos hipnótico do mesmo ritmo, com alguns intervalos, é que a mesma irrita tanto que se torna irresistível. Um álbum estranho, música estranha, que poderá agradar todos aqueles que gostam de ser desafiados, como que pode detestar ao mais comum metaleiro, que sinceramente, não deverá passar da primeira faixa. Recomendado unicamente para aventureiros, porque apesar de todos os pontos positivos, o balanço final é de uma seca ainda mais imponente do que dez anos de verão seguidos no Alentejo.
Nota: 4/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
