Tal como referi numa crítica recentemente (em pormenor, a crítica ao EP dos Ocram), o black metal do sul da Europa é, tradicionalmente, bastante diferente da génese que o o popularizou, a chamada segunda vaga que teve origem na Escandinávia. Tal como no exemplo que citei atrás, os Acherontas, oriundos da Grécia, têm um toque gélido das terras do norte que é incomum às bandas do sul. A diferença aqui é que este não é o primeiro registo dos gregos. Aliás, a carreira discográfica já está bem composta considerando que começou apenas em 2007. Este é já o seu quarto álbum de originais, e têm bastantes splits, um EP e uma compilação.
Outra diferença é nas influências e no resultado final. Embora as tais influências nórdicas estejam presentes, aqui há muito mais espaço para a experimentação, nos inúmeros momentos no início e no final de cada faixa e mais concretamente, na intro ("Voluntas Supra Materiam "Vocatio Prima""), nos interlúdios de quase oito minutos ("Nebt-Het - Divulgence of Ηer Sacral Temples" e "Wines Of Blood & Pestilence") e na outro ("Πανσεληνος "Vocatio Ultima""). É este toque ambient e apelo ritualista que torna o som de Acherontas diferente e interessante.
A produção é crua, mas com qualidade suficiente para que as composições não saiam prejudicadas, no entanto, o som da guitarra, nos momentos dos leads acaba por não ser totalmente eficaz. Um pormenor que não belisca a qualidade sonora deste trabalho. Outra questão, essa sim, que poderá afectar a maneira como o ouvinte aborda o álbum é a sua duração, ou a duração das suas músicas. Tendo uma média de sete, oito minutos, muitas das músicas acabam por se perder no meio dos arranjos ambientais e o seu efeito acaba por ser um pouco diluído. Fazendo uma comparação injusta e desajustada mas que poderá a ilustrar bem, é como se fosse um álbum dos Nile com músicas de oito minutos. Não é bem mas é mais ou menos isso.
Outra diferença é nas influências e no resultado final. Embora as tais influências nórdicas estejam presentes, aqui há muito mais espaço para a experimentação, nos inúmeros momentos no início e no final de cada faixa e mais concretamente, na intro ("Voluntas Supra Materiam "Vocatio Prima""), nos interlúdios de quase oito minutos ("Nebt-Het - Divulgence of Ηer Sacral Temples" e "Wines Of Blood & Pestilence") e na outro ("Πανσεληνος "Vocatio Ultima""). É este toque ambient e apelo ritualista que torna o som de Acherontas diferente e interessante.
A produção é crua, mas com qualidade suficiente para que as composições não saiam prejudicadas, no entanto, o som da guitarra, nos momentos dos leads acaba por não ser totalmente eficaz. Um pormenor que não belisca a qualidade sonora deste trabalho. Outra questão, essa sim, que poderá afectar a maneira como o ouvinte aborda o álbum é a sua duração, ou a duração das suas músicas. Tendo uma média de sete, oito minutos, muitas das músicas acabam por se perder no meio dos arranjos ambientais e o seu efeito acaba por ser um pouco diluído. Fazendo uma comparação injusta e desajustada mas que poderá a ilustrar bem, é como se fosse um álbum dos Nile com músicas de oito minutos. Não é bem mas é mais ou menos isso.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira