Para o amante do som sagrado, ouvir um álbum como "Icarus" deverá ser uma experiência quase transcendental. E refiro-me aquele que gosta de Black Sabbath tanto pela sua invocação do oculto, como pelas bases que lançou para o heavy metal em geral e para o doom metal em particular. Os Wheel não são uma cópia barata dos Black Sabbath, nada disso, até porque a sua identidade é bastante segura e inconfundível. É o tipo de ambiente transmitido que é similar. Um ambiente emotivo, mas ao mesmo tempo pesado e negro.
A abertura "Oblivion (There Is No Alternative)" tem provavelmente as mais viciantes linhas vocais de que uma música doom poderia transmitir - aliás, a voz de Arkadius Kurek é de tal forma eficaz que quando aparece, quase que coloca para segundo plano o instrumental. E se isso acontece na primeira música, na segunda, "They Do For Us", esse efeito é duplicado, numa música bastante evocativa e com um certo sentido melancólicoépico acentuadíssimo. Noutras também existe espaço para algo mais extremo, como as vozes guturais de "A Daughter's Song"
A mistura é difícil de classificar mas esse facto, por si só, já é indicação de que o que se tem aqui é especial e realmente é. A faixa título tem um riff e lead que gritam clássico por todas as suas notas musicais. Daí até ao final do álbum é um desfilar de malhas, no verdadeiro sentido da palavra, que parece que já foram feitas antes. Já foram feitas, já foram tocadas, já foram ouvidas. Quando nos apercebemos que não, e que não se trata de um rip-off, só fica mesmo a certeza de que este álbum nasceu clássico para todos os que gostam do som sagrado na sua variante doom .
A abertura "Oblivion (There Is No Alternative)" tem provavelmente as mais viciantes linhas vocais de que uma música doom poderia transmitir - aliás, a voz de Arkadius Kurek é de tal forma eficaz que quando aparece, quase que coloca para segundo plano o instrumental. E se isso acontece na primeira música, na segunda, "They Do For Us", esse efeito é duplicado, numa música bastante evocativa e com um certo sentido melancólicoépico acentuadíssimo. Noutras também existe espaço para algo mais extremo, como as vozes guturais de "A Daughter's Song"
A mistura é difícil de classificar mas esse facto, por si só, já é indicação de que o que se tem aqui é especial e realmente é. A faixa título tem um riff e lead que gritam clássico por todas as suas notas musicais. Daí até ao final do álbum é um desfilar de malhas, no verdadeiro sentido da palavra, que parece que já foram feitas antes. Já foram feitas, já foram tocadas, já foram ouvidas. Quando nos apercebemos que não, e que não se trata de um rip-off, só fica mesmo a certeza de que este álbum nasceu clássico para todos os que gostam do som sagrado na sua variante doom .
Nota: 8.7/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira