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Crimson Rain - "Mankind Is Obsolete" Review


Com uma intro orquestral genérica que é cortada quase no final por um riff pesado de guitarra, este início poderá deixar os ouvintes que não sabem ao que vêm, confusos. "Endgame" dá continuidade a esse tal riff e apresenta os suiços Crimson Rain ao mundo, com uma música do melhor que o metal progressivo pode gerar. Um início em grande que facilmente conquistará todos os fãs do género. E a faixa seguinte, "Vigour Of The Law", mostra que apesar dos pés estarem bem acentes, não quer dizer que não se possa ir buscar influências mais extremas, tal como a bateria e guitarras sugerem no início do tema ou as vozes gritadas no refrão ou então no final.

A produção forte ajuda a que este amplitude musical seja atingida, sendo que as guitarras são as principais beneficiadas com ela, mas o grande trunfo está mesmo na composição onde as seis músicas apresentandas (sem contar com a já mencionada "Intro") são dinâmicas o suficiente para não parecerem demasiado similares entre si ou soarem demasiado artificiais, um problema algo recorrente no que diz respeito a novas bandas de metal progressivo. Apesar da produção moderna, não há aquele sentimento de artificialidade que poderia aparecer num álbum como este.

O destaque terá de ir para "Raise Of The Indignant", um épico com mais de onze minutos cheio nuances e diferentes paisagens musicais, e para a "Heliocentric", uma música que em formato balada, consegue ir muito mais longe do que aquilo o que uma balada permite. É um álbum de estreia forte, ainda para mais tendo em conta de que foi lançado pela própria banda, em edição de autor, e que de certeza levará a banda a captar o interesse de algumas editoras. Se assim não for, estranho será, porque a qualidade é algo que não falta a "Mankind Is Obsolete".
 
Nota: 7.7/10

Review por Fernando Ferreira