O nome da banda é estranho, o nome do álbum ainda mais. A música... é viajante. Isto para dizer o mínimo. Muitas das vezes, aquilo que é dito nos press-releases não fazem jus à verdade, mas no caso deste lançamento da Ektro Records, quando é escrito que se têm, e passo a citar, "estranhos cânticos rituais e convulsões rítmicas. O baixo ruge para fora de um abismo por explorar e os trovões de bateria desenfreados transformam-se num sino meditativo. Um horrendo gemido induzem fortes efeitos alucinogénicos enquanto duas guitarras criam um remoinho de som". Ok, talvez exagerem nas metáforas poéticas mas a coisa não anda muito longe do que é descrito aqui.
Sem a ajuda de substâncias ilícitas.
Há uma certa sensação ritualista, inegavelmente, e hipnótica. Como um mantra só que este mantra vai crescendo em intensidade e forma. Musicalmente, os Mother Susurrus inserem-se na vertente stoner rock psicadélico, com muito doom à mistura, sem esquecer um pouco de sludge aqui e ali, em pequenas doses. Tudo isto com um ambiente muito propício à viagem, aquele ambiente rico em muitos dos lançamentos nos anos setenta. Não é o típico caso de peso descomunal e de hipnose causada por uma bigorna de ferro a martelar nos ouvidos, mas também não é de uma suavidade tranquilizante.
Pelo contrário. Se se ouvir o tema título, tranquilidade é o último termo em que se pensa. São cinco faixas intensas, diferentes e dinâmicas entre si - o que apenas fortalece um álbum - e das quais dificilmente se enjoa. Não antes de ouvir um sem número de vezes. Isto, claro, se estamos a falar daqueles ouvintes que são aventureiros e que gostem de música à sua medida. Os que esperam imediatismo, ritmos frenéticos e produções digitais, esta de certeza que não é a vossa praia. Para primeiro álbum, os Moter Susurrus causam uma impressão e tanto, com uma sobriedade que muitos veteranos não têm hoje em dia - ou não tiveram nos anos setenta. Para ouvir compulsivamente.
Sem a ajuda de substâncias ilícitas.
Há uma certa sensação ritualista, inegavelmente, e hipnótica. Como um mantra só que este mantra vai crescendo em intensidade e forma. Musicalmente, os Mother Susurrus inserem-se na vertente stoner rock psicadélico, com muito doom à mistura, sem esquecer um pouco de sludge aqui e ali, em pequenas doses. Tudo isto com um ambiente muito propício à viagem, aquele ambiente rico em muitos dos lançamentos nos anos setenta. Não é o típico caso de peso descomunal e de hipnose causada por uma bigorna de ferro a martelar nos ouvidos, mas também não é de uma suavidade tranquilizante.
Pelo contrário. Se se ouvir o tema título, tranquilidade é o último termo em que se pensa. São cinco faixas intensas, diferentes e dinâmicas entre si - o que apenas fortalece um álbum - e das quais dificilmente se enjoa. Não antes de ouvir um sem número de vezes. Isto, claro, se estamos a falar daqueles ouvintes que são aventureiros e que gostem de música à sua medida. Os que esperam imediatismo, ritmos frenéticos e produções digitais, esta de certeza que não é a vossa praia. Para primeiro álbum, os Moter Susurrus causam uma impressão e tanto, com uma sobriedade que muitos veteranos não têm hoje em dia - ou não tiveram nos anos setenta. Para ouvir compulsivamente.
Nota: 8.9/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira