Como é possível que este banda não tenha o nível de reconhecimento que uns Pelican ou Isis têm? Esta é a melhor forma de começar uma crítica, com uma afirmação ultrajante capaz de pôr alguns cabelos em pé. No entanto, não é uma afirmação tão descabida como isso, pelo menos, não depois de se ouvir este "The Hutch", o segundo álbum da banda belga. "The Hutch" é uma viagem que o ouvinte simplesmente se recusa a que se dê por terminada. Depois de quase setenta e cinco minutos de música, quando o épico "Tearwalker" termina, há um vazio difícil de preencher. A única maneira, é começar tudo de início.
Fundindo umas certas ambiências de post-rock, com o poder do sludge, em onze minutos, os belgas passeiam por uma série de diferentes estados de espírito. Alguns mais catchy (a faixa de abertura "Cryogenius" é viciante logo à partida e aquele refrão, meu Zeus, aquele refrão...), alguns mais potentes em termos rítmicos ("Black Eyed" entra a matar e a "Pilgrimage Of A Blackhearted" é possivelmente a mais visceral, não deixando de ter os seus momentos mais etéreos, ao contrário da "Exile Of Our Marrow", que é a mais intensa do álbum), outros mais emocionais ("Photonic" tem tanto de épico como de feeling visceral e "Push Pull" é puro post rock/metal e as vozes só aparecem na segunda metade, quando já não se esperava que as mesmas aparecessem) e claro aqueles momentos tipicamente post rock, que fazem com que faixas como "The Shrine" se tornem viciantes.
Para quem pensava que não havia saída para um estilo como post rock, este álbum e esta banda prova exactamente o contrário. É certo que há outros ingredientes adicionados a esta sopa mas o travo a post rock é tão intenso que é impossível não ficar admirado como é que algo assim resulta tão bem. Lembram-se da analogia feita no início do primeiro parágrafo? Pois é, com este álbum, os Steak Number Eight atingiram o patamar de uns Pelican ou de uns Isis, sem problemas. Se o conseguirão fazer a nível de popularidade, isso já é outra questão, mas a nível de qualidade musical, definitivamente. Mais um grande álbum.
Fundindo umas certas ambiências de post-rock, com o poder do sludge, em onze minutos, os belgas passeiam por uma série de diferentes estados de espírito. Alguns mais catchy (a faixa de abertura "Cryogenius" é viciante logo à partida e aquele refrão, meu Zeus, aquele refrão...), alguns mais potentes em termos rítmicos ("Black Eyed" entra a matar e a "Pilgrimage Of A Blackhearted" é possivelmente a mais visceral, não deixando de ter os seus momentos mais etéreos, ao contrário da "Exile Of Our Marrow", que é a mais intensa do álbum), outros mais emocionais ("Photonic" tem tanto de épico como de feeling visceral e "Push Pull" é puro post rock/metal e as vozes só aparecem na segunda metade, quando já não se esperava que as mesmas aparecessem) e claro aqueles momentos tipicamente post rock, que fazem com que faixas como "The Shrine" se tornem viciantes.
Para quem pensava que não havia saída para um estilo como post rock, este álbum e esta banda prova exactamente o contrário. É certo que há outros ingredientes adicionados a esta sopa mas o travo a post rock é tão intenso que é impossível não ficar admirado como é que algo assim resulta tão bem. Lembram-se da analogia feita no início do primeiro parágrafo? Pois é, com este álbum, os Steak Number Eight atingiram o patamar de uns Pelican ou de uns Isis, sem problemas. Se o conseguirão fazer a nível de popularidade, isso já é outra questão, mas a nível de qualidade musical, definitivamente. Mais um grande álbum.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira