Segundo álbum dos italianos Black Sound Empire, o primeiro por uma editora, a Noiseheadrecords, é mais um daqueles que se pode chamar pós-hardcore. Por vezes, fica a ideia que basta ter umas guitarras dissonantes, um gajo (ou mais) a gritar e tem-se logo pós-hardcore. Como o rótulo em si é tudo menos esclarecedor e como quando se perde mais tempo a falar de rótulos do que a falar da música em si, então é porque se trata de uma discussão desnecessária.
Seja o que for que se tem aqui, é bem fora do normal. Temos as guitarras dissonantes, a voz melódica a contrabalançar a voz gritada, temos alguns espasmos que não lembram o diabo, refrões bem melódicos, passagens mais ambientais (com direito a Sax ou coisa que o valha), peso com fartura, pormenores electrónicos, isto tudo, por vezes, na mesma música, por vezes em várias. É um álbum que tenta desafiar mas não chega a ser desafiador porque acaba por se sentir que não há um fio condutor nas músicas todas.
Não é o típico álbum que dispara em todas as direcções e acaba por falhar tudo a que se propõe acertar mas é um daqueles em que a sua complexidade acaba por jogar contra si em vez de favorecer. Exige alguma paciência por parte do ouvinte e esta pode esgotar-se antes dos quarenta e oito minutos que totalizam este "SISMA". De qualquer forma, potencial e boas ideias, há a pontapé por estes lados, faixas como a "Shine Like Gold" e "All My Love" são exemplos próprios disso mesmo. Só falta concretizar.
Seja o que for que se tem aqui, é bem fora do normal. Temos as guitarras dissonantes, a voz melódica a contrabalançar a voz gritada, temos alguns espasmos que não lembram o diabo, refrões bem melódicos, passagens mais ambientais (com direito a Sax ou coisa que o valha), peso com fartura, pormenores electrónicos, isto tudo, por vezes, na mesma música, por vezes em várias. É um álbum que tenta desafiar mas não chega a ser desafiador porque acaba por se sentir que não há um fio condutor nas músicas todas.
Não é o típico álbum que dispara em todas as direcções e acaba por falhar tudo a que se propõe acertar mas é um daqueles em que a sua complexidade acaba por jogar contra si em vez de favorecer. Exige alguma paciência por parte do ouvinte e esta pode esgotar-se antes dos quarenta e oito minutos que totalizam este "SISMA". De qualquer forma, potencial e boas ideias, há a pontapé por estes lados, faixas como a "Shine Like Gold" e "All My Love" são exemplos próprios disso mesmo. Só falta concretizar.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira