E agora, algo completamente diferente! Os Wardruna são noruegueses, de Bergen, e não tocam black metal. Na verdade, são uma banda que nem ser usam distorção. Gaahl é um dos vocalistas - Linday Fay Hella é a outra - e a música tem um toque folk e ritualista que até se pode dizer que é familiar ao black metal, mas o espírito não poderá ser, em termos sonoros, mais oposto. Mais de uma hora de duração (sessenta e oito minutos) fazem do segundo álbum deste projecto uma viagem a tempos passados e com que se queira lá ficar com muito gosto.
Tal como no álbum anterior, cada tema pega numa Runa e explora-a liricamente e sonicamente - e assim será no próximo já que se trata de uma trilogia que cobrem as vinte e quatro runas do Elder Futhark, um dos antigos alfabetos rúnicos, usado na escandinávia. Os instrumentos usados aqui são bastante orgânicos (não se notando muito bem o que são samples e o que são instrumentos..."reais"), todos tocados pelo multi-instrumentalista Kvitrafn (que já foi baterista de bandas como Sahg e Gorgoroth) e a atmosfera transmitida é fantástica. Uma coisa é usar a cultura pagã que está na origem dos povos da escandinava como gimmick, numa intro, aberturas de concertos, até misturar com metal, de forma bem sucedida. Outra coisa é explorar esse lado apenas, num segundo álbum, com onze músicas, ssessenta e oito minutos, sem soar repetitivo.
Esta viagem por "Yggdrasil" é uma viagem à cultura nórdica, é uma viagem que muitos poderão achar aborrecida, por acusarem a ausência de guitarras distorcidas, blastbeasts ou vozes a gritar por satanás. Para aqueles que não sentem as coisas desta forma e conseguem mergulhar a fundo, esta é uma verdadeira pérola em que para sair deste mundo basta fechar os olhos e abrir os ouvidos. Inesperado, surpreendente e deliciosamente essencial.
Nota: 9/10
Tal como no álbum anterior, cada tema pega numa Runa e explora-a liricamente e sonicamente - e assim será no próximo já que se trata de uma trilogia que cobrem as vinte e quatro runas do Elder Futhark, um dos antigos alfabetos rúnicos, usado na escandinávia. Os instrumentos usados aqui são bastante orgânicos (não se notando muito bem o que são samples e o que são instrumentos..."reais"), todos tocados pelo multi-instrumentalista Kvitrafn (que já foi baterista de bandas como Sahg e Gorgoroth) e a atmosfera transmitida é fantástica. Uma coisa é usar a cultura pagã que está na origem dos povos da escandinava como gimmick, numa intro, aberturas de concertos, até misturar com metal, de forma bem sucedida. Outra coisa é explorar esse lado apenas, num segundo álbum, com onze músicas, ssessenta e oito minutos, sem soar repetitivo.
Esta viagem por "Yggdrasil" é uma viagem à cultura nórdica, é uma viagem que muitos poderão achar aborrecida, por acusarem a ausência de guitarras distorcidas, blastbeasts ou vozes a gritar por satanás. Para aqueles que não sentem as coisas desta forma e conseguem mergulhar a fundo, esta é uma verdadeira pérola em que para sair deste mundo basta fechar os olhos e abrir os ouvidos. Inesperado, surpreendente e deliciosamente essencial.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira