O tão aguardado regresso dos The Ocean está aí e as expectivas eram/são muitas e grandes. Os dois álbuns anteriores, embora não sejam maus álbuns, parece que não foram suficientes para satisfazer a fome de grandiosidade por parte dos fãs da banda alemã. "Pelagial" resolve essa questão, apresentando, possivelmente, e embora seja uma questão sempre discutível, o seu melhor álbum de sempre. Tudo encaixa aqui na perfeição nas duas opções que a banda apresenta. Inicialmente, devido à indisponibilidade do vocalista Loïc Rossetti, por problemas de saúde, a banda compôs e idealizou "Pelagial" como um álbum instrumental. Tendo o vocalista recuperado, decidiram que ele teria que participar e em boa hora tomaram essa decisão.
É incrível como as mesmas músicas, com e sem voz (tirando a introdução "Epipelagic") resultam de forma fantástica e conseguem ter sensibilidades diferentes. Tendo sido idealizado como um álbum instrumental, elas não soam despidas sem voz, mas com a contribuição de Rossetti, parece que foram feitas para levarem aquelas letras, feitas para levar aquela voz. Apesar das diferentes faixas que sobressaiem naquelas que têm voz, há um conceito que as une a todas e que torna este álbum como apenas uma única faixa dividida em onze capítulos. Em termos líricos acaba por haver uma perspectiva de lutas interiores, que têm espelho com o conceito marítimo que o álbum instrumental tinha, sendo apenas mais uma prova de como tudo encaixa na perfeição.
O álbum progride, leva o ouvinte para várias paragens, atinge vários ambientes como os ciclos das marés. E o que se sente é o mesmo que se absorve a olhar para o mar, a ver as ondas as bater nas rochas, como se que, de alguma forma inexplicável, tudo fizesse perfeito sentido. É a melhor e mais estranha descrição para a música aqui contida. Se os álbuns anteriores tinham sempre um handicap qualquer, essas lacunas foram todas resolvidas, resultando num grande álbum, daqueles que se ouvem sem parar e sem enjoar. E com as faixas instrumentais, em vez de se ter um álbum com cinquenta minutos. têm-se antes um de cem, sem parecer que a segunda metade é a repetição da primeira.
A edição especial, além de trazer um dvd com o mix 5.1 em Dolby Surround do álbum instrumental, também traz o filme de Craig Murray (que realizou videoclips para os Nine Inch Nails e os Converge), que a banda usa como pano de fundo para os seus concertos, e conjuga-se de forma perfeita com a música aqui contida. É uma obra-prima, candidato a álbum do ano, e que mesmo que não o seja considerado daqui a oito meses como tal, uma coisa é certa: É mesmo o melhor álbum da banda até agora, realizando por completo e finalmente todo o seu grande potencial.
Nota: 9.7/10
É incrível como as mesmas músicas, com e sem voz (tirando a introdução "Epipelagic") resultam de forma fantástica e conseguem ter sensibilidades diferentes. Tendo sido idealizado como um álbum instrumental, elas não soam despidas sem voz, mas com a contribuição de Rossetti, parece que foram feitas para levarem aquelas letras, feitas para levar aquela voz. Apesar das diferentes faixas que sobressaiem naquelas que têm voz, há um conceito que as une a todas e que torna este álbum como apenas uma única faixa dividida em onze capítulos. Em termos líricos acaba por haver uma perspectiva de lutas interiores, que têm espelho com o conceito marítimo que o álbum instrumental tinha, sendo apenas mais uma prova de como tudo encaixa na perfeição.
O álbum progride, leva o ouvinte para várias paragens, atinge vários ambientes como os ciclos das marés. E o que se sente é o mesmo que se absorve a olhar para o mar, a ver as ondas as bater nas rochas, como se que, de alguma forma inexplicável, tudo fizesse perfeito sentido. É a melhor e mais estranha descrição para a música aqui contida. Se os álbuns anteriores tinham sempre um handicap qualquer, essas lacunas foram todas resolvidas, resultando num grande álbum, daqueles que se ouvem sem parar e sem enjoar. E com as faixas instrumentais, em vez de se ter um álbum com cinquenta minutos. têm-se antes um de cem, sem parecer que a segunda metade é a repetição da primeira.
A edição especial, além de trazer um dvd com o mix 5.1 em Dolby Surround do álbum instrumental, também traz o filme de Craig Murray (que realizou videoclips para os Nine Inch Nails e os Converge), que a banda usa como pano de fundo para os seus concertos, e conjuga-se de forma perfeita com a música aqui contida. É uma obra-prima, candidato a álbum do ano, e que mesmo que não o seja considerado daqui a oito meses como tal, uma coisa é certa: É mesmo o melhor álbum da banda até agora, realizando por completo e finalmente todo o seu grande potencial.
Nota: 9.7/10
Review por Fernando Ferreira