Do lado mais hermético do Black Metal ressurgem os suecos Svartsyn, com o seu oitavo álbum (!), o terceiro em três anos, marca já algo invulgar nos tempos que correm, mesmo tratando-se de black metal. Para quem conhece a banda, já sabe bem o que pode esperar daqui e não ficará desiludido, se black metal ortodoxo for a sua praia, mesmo que aqui se consiga ir um pouco mais além sem desvirtuar o estilo - aquele final da "Carving A Temple" mete groove e Satanás esquizofrenicamente tudo junto no mesmo saco.
Com uma abordagem sonicamente mais próxima do death metal oculto, alternando o tremolo picking mais comum ao estilo com riffs mais compassados, próximos do doom, embora tal não aconteça assim com muita frequência. Com todas as músicas acima dos cinco minutos, a experiência dos Svartsyn prevalece ao conseguirem impedir que as músicas, e o álbum por consequência, não se torne maçador. E considerando que se trata de uma one man band, a qualidade é bem acima da média em termos de produção. A bateria parece programada, e provavelmente deve ser, mas isso também não constitui problema na maior parte do tempo - no resto parece um machado a castigar um cepo sem dó nem piedade.
Para resumir, oito temas blasfemos, com a voz algo desfasada dos instrumentos mas não o suficiente para que tal se torne uma questão, produção poderosa e um bom sentido de dinâmica ao longo do álbum. Tudo razões para quem aprecia as artes negras, ficar agradavelmente satisfeito com mais um álbum em honra de Lúcifer.
Com uma abordagem sonicamente mais próxima do death metal oculto, alternando o tremolo picking mais comum ao estilo com riffs mais compassados, próximos do doom, embora tal não aconteça assim com muita frequência. Com todas as músicas acima dos cinco minutos, a experiência dos Svartsyn prevalece ao conseguirem impedir que as músicas, e o álbum por consequência, não se torne maçador. E considerando que se trata de uma one man band, a qualidade é bem acima da média em termos de produção. A bateria parece programada, e provavelmente deve ser, mas isso também não constitui problema na maior parte do tempo - no resto parece um machado a castigar um cepo sem dó nem piedade.
Para resumir, oito temas blasfemos, com a voz algo desfasada dos instrumentos mas não o suficiente para que tal se torne uma questão, produção poderosa e um bom sentido de dinâmica ao longo do álbum. Tudo razões para quem aprecia as artes negras, ficar agradavelmente satisfeito com mais um álbum em honra de Lúcifer.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira