Black metal francês definitivamente tornou-se uma coqueluche do underground, facto compreendido pela Avant Garde Music que aposta neste Situs Magus no lançamento do seu álbum de estreia, este "Le Grand Oeuvre", um álbum conceptual, ou uma ópera de tirar o fôlego (segundo o press release) dividida em quatro movimentos. Temos então cinco faixas, sendo que a primeira é uma curta intro para provocar o ambiente desejado para dar lugar à "Oeuvre Au Noir", um épico de onze minutos. Aliás, todas as faixas, à excepção da intro, são verdadeiros épicos.
Uma coisa é ter músicas de longa duração, outra coisa são músicas que aliadas à sua longa duração, consegue marcar o ouvinte. O ambiente negro e opressivo que "Oeuvre Au Noir" provoca quase que faz esquecer o caminho mais experimental que uns Deathspell Omega tem levado ultimamente, apesar de termos aqui muito das dissonâncias características desse caminho, mas acaba por ser diluída no andamento mais doom e aumentando assim a sua intensidade.
"Oeuvre Au Blanc" tem um cariz mais tradicional na sua abordagem ao black metal sendo apenas prejudicada pela produção - aliás como todo o álbum - que se fosse mais forte e pujante poderia elevar esta estreia a patamares bem mais elevados. Nesta faixa é criado um interessante e bem sucedido efeito hipnótico através da repetição que não está ao alcance de todos. "Ouvre Au Jaune", aproxima-se mais do espírito da segunda faixa do que propriamente da anterior, sendo o som estranho de uma das guitarras, cheio de reverb, a responsável por isso.
O álbum termina com "Oeuvre Au Rouge", uma explosão de blastbeats de tal forma que parece que os December Wolves decidiram continuar aqui o que fizeram no álbum "Blasterpiece Theatre". É certo que este ritmo não acompanha na totalidade os seus catorze minutos, indo intercalando com o já referido andamento doom, mas não impedindo que se torne na faixa mais intensa do álbum e provavelmente a mais bem conseguida. Esta ópera, como a editora refere, é sem dúvida uma peça essencial na colecção de todos os apreciadores de black metal intenso e que aqueles que têm saudades dos Deathspell Omega. O já referido pormenore da produção poderá não ser problema para uns, mas mesmo o sendo, não deverá ficar no caminho da apreciação deste negro trabalho.
Uma coisa é ter músicas de longa duração, outra coisa são músicas que aliadas à sua longa duração, consegue marcar o ouvinte. O ambiente negro e opressivo que "Oeuvre Au Noir" provoca quase que faz esquecer o caminho mais experimental que uns Deathspell Omega tem levado ultimamente, apesar de termos aqui muito das dissonâncias características desse caminho, mas acaba por ser diluída no andamento mais doom e aumentando assim a sua intensidade.
"Oeuvre Au Blanc" tem um cariz mais tradicional na sua abordagem ao black metal sendo apenas prejudicada pela produção - aliás como todo o álbum - que se fosse mais forte e pujante poderia elevar esta estreia a patamares bem mais elevados. Nesta faixa é criado um interessante e bem sucedido efeito hipnótico através da repetição que não está ao alcance de todos. "Ouvre Au Jaune", aproxima-se mais do espírito da segunda faixa do que propriamente da anterior, sendo o som estranho de uma das guitarras, cheio de reverb, a responsável por isso.
O álbum termina com "Oeuvre Au Rouge", uma explosão de blastbeats de tal forma que parece que os December Wolves decidiram continuar aqui o que fizeram no álbum "Blasterpiece Theatre". É certo que este ritmo não acompanha na totalidade os seus catorze minutos, indo intercalando com o já referido andamento doom, mas não impedindo que se torne na faixa mais intensa do álbum e provavelmente a mais bem conseguida. Esta ópera, como a editora refere, é sem dúvida uma peça essencial na colecção de todos os apreciadores de black metal intenso e que aqueles que têm saudades dos Deathspell Omega. O já referido pormenore da produção poderá não ser problema para uns, mas mesmo o sendo, não deverá ficar no caminho da apreciação deste negro trabalho.
Nota: 7.6/10
Review por Fernando Ferreira