A primeira coisa que tem de ser feita é a demonstração pelo apreço por analisar um kit promo digital com os mp3 a terem a qualidade estonteante de 80 kbps com 22 khz. A qualidade sonora é de tal forma má que é difícil analisar este trabalho sem deixar que a crescente irritação afecte o julgamento do trabalho da banda, que é alheia a todas estas questões. Portanto, tentando evitar ao máximo a confirmação do velho ditado, paga o justo pelo pecador, vamos tentar concentrar na música apesar destas dificuldades.
Manii é a nova encarnação dos defuntos Manes, que fizeram burburinho no underground black metal no final do milénio passado e início deste. Quando cessaram funções, tinham caminhado de um black metal depressivo para algo próximo do darkwave, com tendências experimentais e electrónicas. Entretanto, cinco anos após o último álbum de originais, resolvem voltar, mudando o nome e pegando no velho espírito black metal. Embora esta atitude seja sempre de salutar, principalmente por aqueles que são fãs mais hardcore, isso não quer dizer que o produto final seja obrigatoriamente bom.
Há aqui um certo encanto podre (não sabendo se essa podridão vem da produção original ou se é acentuada pela qualidade inexistente dos mp3), que vem daquilo que se convencionou ser o som tipicamente escandinavo, mas o problema é que estes trinta e nove minutos de música parecem trinta e nove horas e acabam por se sentir algo ínsipidos e sem força. Não há punch nas músicas, há pouca emoção, apenas um arrastar que faz com que o ouvinte se junte a ele e se esqueça de sentir.
Apenas em certos momentos, e ironias à parte, se consegue ver a luz. "Kaldt" e sobretudo "Endelaust" são dois desses momentos, onde realmente se consegue sentir algo próximo do efeito pretendido. Por muito frio e hermético que seja o conceito de uma música, álbum e/ou banda, o ouvinte tem sempre que sentir algo e de preferência, algo que não seja aborrecimento. Infelizmente, para aqueles que gostam de Manes, é o que se tem aqui. No entanto, ainda bem que mudaram o nome. Antes assim.
Manii é a nova encarnação dos defuntos Manes, que fizeram burburinho no underground black metal no final do milénio passado e início deste. Quando cessaram funções, tinham caminhado de um black metal depressivo para algo próximo do darkwave, com tendências experimentais e electrónicas. Entretanto, cinco anos após o último álbum de originais, resolvem voltar, mudando o nome e pegando no velho espírito black metal. Embora esta atitude seja sempre de salutar, principalmente por aqueles que são fãs mais hardcore, isso não quer dizer que o produto final seja obrigatoriamente bom.
Há aqui um certo encanto podre (não sabendo se essa podridão vem da produção original ou se é acentuada pela qualidade inexistente dos mp3), que vem daquilo que se convencionou ser o som tipicamente escandinavo, mas o problema é que estes trinta e nove minutos de música parecem trinta e nove horas e acabam por se sentir algo ínsipidos e sem força. Não há punch nas músicas, há pouca emoção, apenas um arrastar que faz com que o ouvinte se junte a ele e se esqueça de sentir.
Apenas em certos momentos, e ironias à parte, se consegue ver a luz. "Kaldt" e sobretudo "Endelaust" são dois desses momentos, onde realmente se consegue sentir algo próximo do efeito pretendido. Por muito frio e hermético que seja o conceito de uma música, álbum e/ou banda, o ouvinte tem sempre que sentir algo e de preferência, algo que não seja aborrecimento. Infelizmente, para aqueles que gostam de Manes, é o que se tem aqui. No entanto, ainda bem que mudaram o nome. Antes assim.
Nota: 4.5/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira