Os Lost Society são um grupo de jovens finlandeses com idades compreendidas entre os 17 e os 19 anos, que se juntaram há somente dois anos para fazer uma banda de thrash metal. Até aqui tudo normal. O que não é tão habitual, é tão cedo terem chamado a atenção de uma editora da dimensão da Nuclear Blast, pela qual lançaram agora o seu álbum de estreia, sem antes terem sequer editado demos ou EPs.
Mas os Lost Society não são apenas mais uma banda de thrash metal e pelo que fizeram nestes treze temas, é mais do que merecida a sua presença numa editora grande, com capacidade de levar o som da banda para um grande número de pessoas. "Fast Loud Death" é um óptimo conjunto de músicas, sempre velozes, pesadas e energéticas, porém extremamente catchy. Aqui cada faixa tem a sua identidade, riffs variados e de grande nível, e solos com fartura. Durante todo o disco podemos encontrar temas fortes mas destacam-se três presentes na primeira metade do alinhamento: "Thrash All Over You", "E.A.G." e "Kill (Those Who Oppose Me)".
Durante a audição do trabalho vêem-nos à memória várias bandas do thrash metal norte-americano, como Anthrax, Megadeth, Metallica, Overkill e Death Angel, porém os Lost Society não se colam demasiadamente a nenhuma delas, usando estas referências apenas para fazer a sua própria música.
Isto é Thrash Metal da velha guarda feito como mandam as regras dos 80s, mas com a irreverência e talento deste quarteto de tenra idade, que promete deixar a sua marca com este forte álbum de estreia. De referir o óptimo som do álbum, obra do produtor Nino Laurenne, que já trabalhou com nomes como Amorphis, Wintersun, Ensiferum, Sonata Arctica e Finntroll, entre outros.
Este sub-género fundamental da história do metal está de boa saúde, com alguns dos nomes veteranos a editarem grandes álbuns e com bandas recentes como os Lost Society a despontarem, por entre outras de menor qualidade que têm aparecido. É caso para dizer que enquanto aparecerem bandas como os Lost Society, o thrash metal não vai morrer. Recomendado para os fãs do género.
Review por Mário Santos Rodrigues