Em 2010, os Kvelertak conseguiram surpreender e agradar à comunidade internacional de Metal e Rock com o seu auto-intitulado álbum de estreia, apresentando uma bem sucedida fusão de punk, black metal e rock. As expectativas quanto ao seu sucessor eram altas e os Kvelertak souberam corresponder às expectativas da melhor forma possível: superando-as.
“Meir” mostra a evolução do som da jovem banda norueguesa nos quase três anos que o distanciam do primeiro disco, apresentando uns Kvelertak que continuam inovadores, extremamente enérgicos e muito profissionais. Com uma variedade de temas rápidos, vibrantes, com uma aura bastante rock e também com bastante melodia, os Kvelertak conseguem criar malhas verdadeiramente explosivas como “Manelist”, o já conhecido single “Bruane Brenn” e “Snilepisk”, (este último uma regravação de um tema do primeiro demo da banda intitulado “Westcoast Holocaust” e lançado originalmente em 2007); continuando a injectar boas doses de black metal como é o caso de “Trepan”, “Nekrokosmos” e “Spring Fra Livet”, mantendo um headbanging contínuo do princípio ao final do álbum. Mas, perto do final, as coisas mudam com três músicas mais prolongadas que o habitual e que, talvez intencionalmente, aparecem juntas: “Nekrokosmos”, a fantástica “Undertro” e “Trodenbrak” são faixas mais expansivas em que a banda explora uma faceta mais progressiva antes de voltarem ao estilo habitual de “Meir” com o tema “Kvelertak” que finda o álbum. Poderá aquele trio de temas estar a mostrar uma possível direcção que os Kvelertak irão tomar para o futuro?
“Meir” é um passo em frente. A fusão de estilos que caracterizou a estreia dos Kvelertak foi trabalhada e ficou muito mais consolidada num disco em que cada faixa é uma verdadeira bomba. Sem dúvida, um dos grandes discos de 2013.
Nota: 8.9/10
Review por Tiago Neves
