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Gulaggh - "Vorkuta" Review


Anteriormente conhecidos como Stalaggh, o nome da entidade foi mudado depois de terem feito três álbuns, seguindo assim um estranho conceito. Stalag era o nome de um campo de concentração nazi para prisioneiros de guerra, enquanto Gulag era o nome de um campo de trabalhos forçados soviético. Os G e H no final de ambos os nomes representa Global Holocaust. Se o conceito roça um pouco o incrível (nem é muito original, o Call Of Duty fez algo do género anos atrás), a música é indescritível.

Este trabalho já foi lançado em 2008 e foi perdida uma oportunidade para se deixar a repousar para a eternidade. Em relação ao passado, consta que só foram usados instrumentos clássicos, como violinos, trompetes, violas, etc. Para já a forma como estes instrumentos são usados... não creio que se possa associar ao verbo "tocar". Depois, como voz, e o conceito de voz aqui está completamente escancarado, foram usadas várias gravações de pacientes mentais e de cerca de trinta crianças de um asilo para jovens doentes mentais.

Resultado: intragável. Absolutamente intragável. Uma coisa é provocar um ambiente desconfortável com a música, outra coisa é isto. É ofensiva a forma como é explorada o sofrimento alheio, é ofensiva e nauseabunda a ideia de que alguém poderá retirar algum prazer disto. Não se pode considerar isto música, não há qualquer sentido, não há qualquer fio condutor, não há qualquer conceito que faça sentido com uma coisa destas, não há aqui nada. Absolutamente nada. Experimentalismo é algo que deve ser apoiado, mesmo que não seja para todos, no entanto, o nível de pretensão que exala deste trabalho é absurdo. Perda de tempo total. De quem fez isto em 2008, de quem relançou, de quem ouviu e de quem criticou.


Nota: 0/10

Review por Fernando Ferreira