Formaram-se em 1996 e contam com dois álbuns, além de demos, até agora. Quatro anos depois de “Entrance”, o primeiro álbum, eis que esta banda espanhola volta com “Tales”, o mais recente trabalho, que será lançado a 26 de Abril. No dia a seguir a este lançamento, a banda irá actuar no Lisbon Dark Fest, além de outras bandas, com Therion como cabeça de cartaz.
M.I. – O vosso novo álbum está prestes a sair. Será lançado já no dia 26 de Abril. Quais são as expectativas?
Olá e obrigada pela oportunidade de podermos falar um pouco sobre os Tears of Martyr. Nós estamos muito contentes com a gravação de “Tales” e como tudo ficou. Nós gostaríamos muito que as pessoas ouvissem o novo álbum; “Entrance” foi o nosso trabalho de estreia e nós sentimos que não conseguimos chegar a muitas pessoas. Agora, em termos de promoção, eu acho que irá ajudar termos a editora Massacre Records do nosso lado. Por isso, esperamos que muitas pessoas tenham, pelo menos, a oportunidade de ouvir a música dos Tears of Martyr e também esperamos que gostem!
M.I. – Como definiriam o novo álbum?
Acima de tudo, eu creio que "Tales" acabou por ficar um álbum fácil de ouvir e nós esperamos que as pessoas se divirtam com os novos temas. Eu acho que o "Tales" representa a natural transição do "Entrance, embora em “Tales” se encontre todos os elementos clássicos dos Tears of Martyr, como a junção do canto lírico e dos guturais, a forte presença da orquestra e riffs de guitarra pesados. Nós demos o nosso melhor e e esforçámo-nos imenso e estamos muito felizes com o resultado, por isso, mal podemos esperar para que o álbum seja lançado a 26 de Abril!
M.I. – “Tales” é o título do mesmo. Porquê este título?
Os nossos temas, normalmente, abordam histórias. As letras são muito importantes para nós e tentamos sempre colocar todas as nossas emoções nos temas. A uma certa altura, apercebemo-nos de que alguns temas que já estavam completos para o novo álbum, encaixavam perfeitamente na categoria de histórias curtas. Não é sempre fácil adaptar essas mesmas histórias a um formato de canção, mas como eu tinha muitas histórias na cabeça, nós continuámos e, por fim, nasceu o “Tales”.
M.I – Sentem-se inteiramente satisfeitos com a componente mais clássica que incorporam nos temas, nomeadamente no que diz respeito aos arranjos orquestrais ou mudariam alguma coisa? Há algo mais que gostassem de incorporar no futuro ou já o fizeram no novo álbum?
Os temas em “Tales” exigiram esta atmosfera. Nós usámos sempre muita melodia e a orquestra é um elemento-chave para dar forma ao som de Tears of Martyr. Nós nunca dissemos que nunca iríamos fazer isto ou aquilo e isso é algo que nos motiva. Nós somos uma banda que foi lentamente mudando, desde os primeiros dias, enquanto crescemos como músicos e como pessoas. Por isso, o que está à nossa espera num futuro próximo é igualmente divertido e estimulante.
M.I. – No dia 27 de Abril vão actuar no Lisbon Dark Fest que irá ter lugar na Voz do Operário no vosso país vizinho. Ansiosos?
Sim! Estamos muito contentes, pois será a nossa primeira vez em Lisboa, e estamos ansiosos por conhecer a audiência de Portugal e tocar para ela!
M.I. – Qual a vossa opinião acerca da presença feminina, cada vez mais recorrente, neste tipo de estilo?
Bem, os Tears of Martyr tinham uma voz feminina desde que a banda foi formada a meios da década de 90. Nessa altura, poucas bandas tinham a presença de uma voz feminina, mas foi algo que nós sentimos que era necessário para expressarmos tudo o que queríamos. Foi uma combinação que fez sentido para nós e foi, de certa forma, natural. Actualmente, há muitas bandas de female fronted, o que também significa que a audiência gosta.
M.I – Já abriram para grandes bandas, como Dark Tranquility, To/Die/For, Swallow the Sun, Epica, Draconian e Dark Moor. Se pudessem escolher, se é que conseguem escolher, qual diriam que foi o vosso melhor concerto numa destas ocasiões?
Bem, essa é uma questão um tanto ou quanto difícil de responder, já que nós temos imensas lembranças de cada concerto. Por exemplo, quando tocámos nas Canárias Metal Zone I, um dos primeiros (e poucos) concertos ao ar livre nas Ilhas Canárias, em 2005, nós tocámos com os Dark Tranquillity, To Die-For e muitas outras bandas, e a audiência estava doida!
M.I. – Que opinião têm acerca do metal no vosso país? Já viu melhores dias?
Há muitos bons músicos e muitas bandas, mas eu não sei se algo não está a funcionar. Sempre me disseram que a década de 80 tinha melhores dias, por isso, acho que todos temos de trabalhar em conjunto para construir um futuro para o Metal, para termos o apoio dos media e claro que também precisamos dos fãs. Enquanto estes quiserem Metal e forem aos concertos, tudo correrá bem.
M.I. – Obrigada pela entrevista concedida e bons concertos!
Obrigado e cumprimentos a todos os leitores da Metal Imperium! Vemo-nos ao vivo!
Entrevista por Daniela Freitas