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Entrevista aos Hanging Garden



No dia 21 de Janeiro foi lançado “At every door”, o terceiro álbum de estúdio dos finlandeses Hanging Garden. Além da Metal Imperium ter tentado desvendar algumas curiosidades sobre este próximo trabalho, igualmente falámos com a banda sobre a sua terra natal, que não é uma novidade no que toca a bandas extremas.


M.I. – “At every door “ é o título do vosso próximo álbum. O que está por detrás da criação deste álbum? Querem fazer passar alguma mensagem? Há algum conceito subjacente?

É o nosso terceiro álbum e este tem um line-up diferente em comparação aos dois álbuns anteriores, mas o conceito é semelhante. É a percepção da maldade do Homem e a negligência deste e ao que esta pode levar. Estes factores estão reflectidos através da história e da arte, bem como na ficção do passado.


M.I. – Quanto à sonoridade, o que é que nos podem revelar? Há algo de diferente? Como é que evoluíram desde o primeiro álbum até a este novo trabalho?

Não temos um som específico quando gravamos um álbum. O que ouvem é o que deriva da colaboração de todos os músicos e da produção. O primeiro álbum, eu acho, era um clássico de doom metal. Depois, o segundo era suposto que fosse diferente. Já no terceiro houve uma maior liberdade para soar como soa. Acho que esta maturidade musical é evidente no resultado final.


M.I. – Sentem que o novo álbum é “a cereja no topo do bolo“? Não sentem que há um álbum em particular que vos marcou mesmo, talvez até mais do que os outros, por alguma razão?

Acho que todos os nossos álbuns têm o seu peso e eu não meteria o mais recente num pedestal. Claro que este é o primeiro álbum em que participo, logo, é o mais significativo para mim.


M.I. – A capa do álbum suscita curiosidade, porque se vê uma mulher com um rosto um tanto ou quanto estranho, um rosto de corvo. O que representa?

Acho que é melhor deixar esta questão por responder. É a visão dos artistas, Kalle Pyyhtinen/Utu Design, na nossa música e letras. Acho que se refere a um certo evento terrível na nossa recente história que está fortemente presente nas músicas e título do álbum.




M.I. – A Finlândia é berço de bandas conceituadas, como Amorphis, Nightwish, Poisonblack, The Chant, Stratovarius, Ensiferum e muitas mais. De certa forma, a existência de tantas bandas no vosso país levou-vos a quererem igualmente criar algo no panorama musical finlandês?


Bandas como Amorphis tiveram um grande impacto em mim e deram-me uma perspectiva de como um grande tema pode soar. Porém, o metal finlandês não é um motivo que nos leva a fazer o que fazemos. Mas talvez tenha sido um motivo no passado.


M.I. – Imaginem que eram convidados para actuar num festival. Que festival escolhiam e qual o cartaz ideal para vocês no dia em que iriam actuar?

Para nós, e por motivos egoístas, gostaríamos de tocar no festival de Roadburn. 


M.I. – Nunca passaram por Portugal, pelo menos, que eu saiba (risos). Para quando se avizinha uma passagem por cá? Gostavam de cá vir?

Logo que a oportunidade surja, iremos tocar no vosso lindo país sem qualquer hesitação!


Entrevista por Daniela Freitas