Os Death Wolf não são mais do que os Devils Whorehouse, agora com designação diferente. Para quem não sabe quem foram estes últimos, tratou-se de uma banda erguida por Morgan Håkansson, guitarrista fundador dos Marduk, que juntamente com o baterista Hrafn, o guitarrista Makko e o vocalista Maelstorm, se prestaram a fazer uma espécie de tributo ao legado de Glenn Danzig, mais concretamente os seus trabalhos nos Misfits e Samhain. Sob o nome de Death Wolf, e com a mesma formação, o que Morgan e companhia se propuseram a fazer foi o de não só continuar esse mesmo legado, mas também trazer novas influências ao som outrora desenvolvido, diversificando-o substancialmente, o que resultou no disco homónimo lançado há 2 anos pela agora extinta, Regain Records.
Agora de braços dados com a Century Media, II: Black Armoured Death segue as mesmas pisadas do anterior. Desde logo referir que a banda se encontra em excelente forma, o som das guitarras é sujo, mas pungente, a secção rítmica está bem oleada e o vocalista mostra aquela garra muito Danzig, tanto nas vocalizações agressivas como nas mais melódicas, tudo isto envolto num espirito punk crust bem crível. O problema do disco acaba mesmo por ser algumas dessas mesmas influências, especialmente quando a banda entra num campo mais sludge ou arrastado.
Se por um lado o inicial Noche de Brujas até consegue ser um bom tema a meio tempo, devido ao groove das guitarras, por outro Lord of Putrefaction ou Night Stalker acabam por se estender em demasia, sem nenhum motivo quer seja especialmente cativante, o que é preocupante tendo em conta que nenhum deles chega sequer aos 5 minutos. Afinal de contas, é mesmo nas malhas rápidas como World Serpent, ou Sudden Bloodletter, que os Death Wolf conseguem manter o interesse do ouvinte.
Um disco que servirá para ouvir uma meia dúzia de vezes, mais pela parte crust do que propriamente a sludge, não mais que isso.
Se por um lado o inicial Noche de Brujas até consegue ser um bom tema a meio tempo, devido ao groove das guitarras, por outro Lord of Putrefaction ou Night Stalker acabam por se estender em demasia, sem nenhum motivo quer seja especialmente cativante, o que é preocupante tendo em conta que nenhum deles chega sequer aos 5 minutos. Afinal de contas, é mesmo nas malhas rápidas como World Serpent, ou Sudden Bloodletter, que os Death Wolf conseguem manter o interesse do ouvinte.
Um disco que servirá para ouvir uma meia dúzia de vezes, mais pela parte crust do que propriamente a sludge, não mais que isso.
Nota: 7/10
Review por António Salazar Antunes
