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Brian Connolly's Sweet - "Let's Do It Again (All The Hits And More)" Review


Os Sweet foram grandes na cena glam dos anos setenta (sim, o glam não teve origem com os Mötley Crüe ou com os Poison) e criam grandes hinos do rock, muitos deles aqui contidos. Com o cadáver já a arrastar-se no início dos anos oitenta, a banda veio a separar-se - nesta altura já sem Brian Connolly, principal vocalista. Aconteceu depois uma coisa estranha onde apareceram pelo menos três versões da banda, os Sweet ou Andy Scott's Sweet, os Steve Priest's Sweet e os New Sweet ou também conhecidos como Brian Connlly's Sweet.

Considerando que Connolly faleceu em 1997, está mais que visto que o que temos não é um lançamento novo mas apenas mais uma reciclagem por parte da Collectors Dream Records, tendo sido lançado originalmente em 1995 com o título "Let's Go", onde regravaram dez clássicos com um feeling à lá anos noventa, mas o resultado não é aquele que se publicita. E tudo por uma coisa, um pequeno pormenor. Os coros. Para quem gosta de Queen ou até mesmo Blind Guardian, pensa-se que suporta com facilidade, mas não se viu nada até chegar isto. Estes coros são arraçados de King Diamond sobre o efeito de esteróides. Como se os Beach Boys tivessem todos mudado de sexo, ficado histéricos e resolvessem fazer versões dos Sweet.

Quando estas experiências não conseguem trazer nada de bom em relação ao original, então porquê fazê-lo? Não há nada nestas versões que revela algo de superior em relação aos originais lançados cerca de vinte anos antes. As guitarras têm um som estranho e se isto são os Sweet com um feeling dos anos noventa, seriam preferíveis os Sweet dos anos setenta, soam bem mais agradáveis ao ouvido e por incrível que pareça, soam menos datados. Quando uma música como "Action", que é uma malha de todo o tamanho, irrita, é porque algo correu mesmo mal.

Além das dez versões, também se tem o "brinde" de três novas faixas (ou pelo menos assim eram em 1995), que têm os mesmos defeitos das anteriores mas não são tão irritantes (vá-se lá perceber). Para finalizar a coisa, duas faixas ao vivo, captadas em 1976, na Dinamarca, com um som sofrível e que também não trazem nada de novo ou positivo ao mundo. Reedição desnecessária, que nem como homenagem a Connolly serve, não tendo sido um dos momentos mais altos da sua carreira - pelo contrário... Fica sensação nítida de colectânea criada para roubar uns trocos aos mais distraídos. E não é exagero, qualquer dinheiro que se dê por isto, é um roubo.
 
Nota: 3/10

Review por Fernando Ferreira