A biografia dos escoceses Bleed From Within, que consta no site da sua nova editora, a Century Media, diz que o baterista da banda numa entrevista disse que quando iniciaram a carreira, andavam a ouvir Pantera e Lamb Of God e queriam fazer música que os entusiasmasse da mesma maneira. O vocalista Scott Kennedy referiu sobre o novo álbum, que este sempre foi o trabalho que quiseram fazer.
De facto, o som mais próximo do deathcore do início da carreira encontra-se pouco presente, e a música da banda ao terceiro álbum está mais perto do metal cheio de groove praticado pelas bandas supra-citadas, principalmente da segunda. "Uprising" é menos brutal, é pesado mas catchy. O grande destaque deste álbum é o óptimo trabalho de guitarra, havendo grandes riffs e interessantes leads durante todo o disco. A secção rítmica também se apresenta forte e as vocalizações de Scott Kennedy estão menos brutais mas, muito dinâmicas.
Os responsáveis pela produção do álbum foram: Martyn ‘Ginge’ Ford (Trivium/As I Lay Dying), Adam ‘Nolly’ Getgood (Periphery) e Romesh Dodangoda (Sylosis). Na mistura e masterização esteve Logan Mader (Gojira/Devildriver/Fear Factory). Uma equipa de luxo responsável por uma produção límpida, mas que no entanto poderia ter dado mais força às guitarras.
O álbum é forte do início ao fim, não há aqui temas para encher. Essa é uma das grandes virtudes deste álbum. No entanto, também não temos aqui faixas fora de série que se tornem facilmente em músicas emblemáticas dos Bleed From Within. De qualquer forma isso não quer dizer que este não seja um óptimo álbum, passível de ser apreciado por qualquer apreciador de metal moderno, seja de qualquer coisa core ou com groove. É até um disco com condições para ser ouvido várias vezes, sem qualquer tipo de cansaço.
Nota: 8/10
Review por Mário Santos Rodrigues
