Fasten your seatbelts because you're getting into the voyage of your life! É o que se ouve por palavras impronunciáveis quando o ouvinte se prepara para apreciar o álbum de estreia dos canadianos Anciients. Depois de um EP lançado em 2011, surge o álbum e a única coisa que ocorre dizer é... a Season Of Mist acertou mais uma vez. Desta feita em cheio. O início acústico de "Raise The Sun" não prepara para o que aí vem. Em seis minutos, a banda consegue percorrer vários estados de espírito e até vários estilos, lembrando bandas díspares como Agalloch e Primordial por um lado, Opeth e Dream Theater por outro e no meio Mastodon e Baroness. E estas descrições/comparações são apenas para indicar o caminho até ao som que se ouve, porque o ideal é mesmo ouvir e contemplar a imensidão que aqui se passa.
Com um forte espírito progressivo, Anciients não dispensam também a agressividade, convivendo as duas em igual medida - principalmente no que diz respeito às vozes, mas são as estruturas das músicas, os arranjos, os solos, é tudo na forma como a música é apresentada que apaixonam. Se por vezes se falam de álbuns unidimensionais, aqui temos exactamente o inverso. Temos um álbum que leva o ouvinte a todo o lado, que faz esquecer o que tem para fazer, que faz esquecer até a sua própria identidade. Apenas o que se está a ouvir interessa. Nada mais.
Será um sacrilégio escolher uma faixa. Será sacrilégio sequer escolher oito e deixar uma de novo. Este é um álbum que se tivesse sido feito no primórdio dos tempos, hoje apareceria a sua capa como ilustração da definição da palavra álbum nos dicionários. Uma obra impressionante e um dos melhores álbuns de estreia deste ano. Que diabos, desta década - que ainda nem chegou a meio. Um pedaço de história é o que está aqui.
Nota: 9.5/10
Com um forte espírito progressivo, Anciients não dispensam também a agressividade, convivendo as duas em igual medida - principalmente no que diz respeito às vozes, mas são as estruturas das músicas, os arranjos, os solos, é tudo na forma como a música é apresentada que apaixonam. Se por vezes se falam de álbuns unidimensionais, aqui temos exactamente o inverso. Temos um álbum que leva o ouvinte a todo o lado, que faz esquecer o que tem para fazer, que faz esquecer até a sua própria identidade. Apenas o que se está a ouvir interessa. Nada mais.
Será um sacrilégio escolher uma faixa. Será sacrilégio sequer escolher oito e deixar uma de novo. Este é um álbum que se tivesse sido feito no primórdio dos tempos, hoje apareceria a sua capa como ilustração da definição da palavra álbum nos dicionários. Uma obra impressionante e um dos melhores álbuns de estreia deste ano. Que diabos, desta década - que ainda nem chegou a meio. Um pedaço de história é o que está aqui.
Nota: 9.5/10
Review por Fernando Ferreira