Tal como o nome do álbum indica, este "IV - Arrow In Heart" é o quarto trabalho dos franceses Aosoth, uma força que apesar de discreta até o momento, mostra-se constante na forma e na qualidade com que cospe o seu metal extremo de inspiração black cá para fora. Com o gigantesco épico tema título a dar início às hostilidades, mostrando opressão desde o início até ao fim, mesmo quando no meio aparenta haver algum descanso, com recurso a percussão tribal e um leve efeito drone ao fundo. Algo que resulta na perfeição.
Com maior parte das faixas a ultrapassar os seis minutos (apenas duas delas não atingem os seis minutos, mas considerando que as duas estão ligadas pelo nome, até podemos considerar a "Broken Dialogue 1" e a "Broken Dialogue 2" como uma só, uma faixa ambiental, que ainda aprofunda mais o feeling clastrofóbico que se tinha experienciado até aqui), é só devido à dinamica dos temas que o marasmo não se instala, embora o sentimento dominante seja sempre o do desconforto no ouvinte, algo que parece ser comum a todas as bandas que se dedicam às artes negras por aquelas bandas.
O final fica a cargo da "Ritual Marks Of Penitence" que acaba por provocar um final de álbum apropriado. Um monolito de catorze minutos, que simplesmente destrói. Simplesmente. Desde a ritmos compassados que percorre o ouvinte como um tanque até a puros blastbeats, ainda tendo um momento de melodia hipnótica que vai embalando o ouvinte como se fosse uma cobra a encantar a sua presa. No entanto, também acaba por ficar a sensação de que por vezes (e o mesmo acontece ao longo do álbum noutros momentos) as músicas acabam por ter duração excessiva.
No geral, este é um bom álbum, indicado sobretudo para todos os que gostam da peculiar cena black metal/extrema francesa e aqueles que gostam do seu metal negro, bruto, obscuro e sufocante. De certeza de que mergulharão de cabeça para isto.
Com maior parte das faixas a ultrapassar os seis minutos (apenas duas delas não atingem os seis minutos, mas considerando que as duas estão ligadas pelo nome, até podemos considerar a "Broken Dialogue 1" e a "Broken Dialogue 2" como uma só, uma faixa ambiental, que ainda aprofunda mais o feeling clastrofóbico que se tinha experienciado até aqui), é só devido à dinamica dos temas que o marasmo não se instala, embora o sentimento dominante seja sempre o do desconforto no ouvinte, algo que parece ser comum a todas as bandas que se dedicam às artes negras por aquelas bandas.
O final fica a cargo da "Ritual Marks Of Penitence" que acaba por provocar um final de álbum apropriado. Um monolito de catorze minutos, que simplesmente destrói. Simplesmente. Desde a ritmos compassados que percorre o ouvinte como um tanque até a puros blastbeats, ainda tendo um momento de melodia hipnótica que vai embalando o ouvinte como se fosse uma cobra a encantar a sua presa. No entanto, também acaba por ficar a sensação de que por vezes (e o mesmo acontece ao longo do álbum noutros momentos) as músicas acabam por ter duração excessiva.
No geral, este é um bom álbum, indicado sobretudo para todos os que gostam da peculiar cena black metal/extrema francesa e aqueles que gostam do seu metal negro, bruto, obscuro e sufocante. De certeza de que mergulharão de cabeça para isto.
Nota: 7.9/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
