Caso se perguntem, apenas duas faixas são suficientes para fazer um álbum de doom metal de quarenta minutos com certos tiques psicadélicos. Fazer algo deste género envolve sempre riscos e o principal é o de criar com duas faixas duas formas de vencer as insónias mais teimosas. Apesar do nome estranho, os Pombagira não são propriamente novatos nestas andanças, já que este é o quinto álbum desde que iniciaram actividades em 2006 e que em todos os álbuns, o número de faixas e o tempo que as mesmas ocupam ronde o mesmo (o primeiro, "The Crooked Path" de 2008, tem cinco faixas, mas é duplo; o terceiro, "Baron Citadel" de 2010, com quatro faixas em setenta minutos).
O duo composto por Carolyn na bateria e por Pete na voz e nas guitarras conseguem contornar o factor aborrecimento de forma quase surpreendente. É certo que tanto o tema título como "Grave Cardinal" são duas viagens a parte incerta passando por outras partes incertas, isto é, depois de ouvir o álbum até ao final, não se pode dizer que tenha momentos marcantes que fiquem gravados na memória. Fica gravado o facto da viagem ter sido agradável mas não se consegue justificar com muita clareza esta posição. É por isso, um álbum que exige muito do seu ouvinte. Exige que seja ingerido muitas vezes e digerido outras tantas.
Apesar de se encontrar algumas vezes, um certo sentimento de desconexão entre os vários momentos - soando como se fossem várias músicas numa só do que propriamente uma só música com diversas fases - há um certo encanto neste álbum que obriga a no final querer ouvi-lo mais uma vez. No final de cada nova audição, ainda persiste a vontade de querer ouvir mais, e a frustração do álbum não ter sido absorvido na sua totalidade. Ou se desiste ou se continua a ouvir. Os amantes do doom não deverão ter muitas dúvidas em continuar.
O duo composto por Carolyn na bateria e por Pete na voz e nas guitarras conseguem contornar o factor aborrecimento de forma quase surpreendente. É certo que tanto o tema título como "Grave Cardinal" são duas viagens a parte incerta passando por outras partes incertas, isto é, depois de ouvir o álbum até ao final, não se pode dizer que tenha momentos marcantes que fiquem gravados na memória. Fica gravado o facto da viagem ter sido agradável mas não se consegue justificar com muita clareza esta posição. É por isso, um álbum que exige muito do seu ouvinte. Exige que seja ingerido muitas vezes e digerido outras tantas.
Apesar de se encontrar algumas vezes, um certo sentimento de desconexão entre os vários momentos - soando como se fossem várias músicas numa só do que propriamente uma só música com diversas fases - há um certo encanto neste álbum que obriga a no final querer ouvi-lo mais uma vez. No final de cada nova audição, ainda persiste a vontade de querer ouvir mais, e a frustração do álbum não ter sido absorvido na sua totalidade. Ou se desiste ou se continua a ouvir. Os amantes do doom não deverão ter muitas dúvidas em continuar.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira