O grindcore é mesmo o movimentador do underground mundial. Digam um local exótico do planeta onde não exista electricidade e será possível indicar uma ou duas bandas de grindcore da zona. Da África do Sul, um país com electricidade mas sem muita tradição na música pesada, chegam-nos os Blood beast, com o seu álbum de estreia, lançado de forma independente. Apesar de que muitas vezes, o grindcore (ou goregrind) a nível underground, não seja das coisas mais interessantes a nível musical, pela falta de ideias, produções deficientes ou até mesmo falta de capacidade para dominar os instrumentos, este álbum de estreia consegue surpreender. Pelo menos para a ideia pré-formada que se tem ao ver o nome da banda e a capa.
Para já, a maior vantagem é apresentarem mais variedade do que a que seria esperada para uma banda grindcore - parecendo muitas vezes mais death metal brutal do que grindcore. Apresentam músicas com dinâmica suficiente para manter o ouvinte interessado durante a cerca de meia hora que dura o álbum, e têm solos de guitarra - algo também bastante incomum. Há no entanto, algo estranho quando os solos aparecem. Fica um vazio na mistura que quase parece que não existem duas guitarras, apenas uma que não consegue solar e tocar ritmo ao mesmo tempo. Um pormenor técnico que de certeza não se verificará num eventual segundo trabalho.
Outro lado positivo é mesmo a voz, que se afasta do pig squeal que já faz parte da tradição e que infelizmente é mais negativo do que positivo, sendo mais uma característica que aproxima mais do death metal do que propriamente do grindcore. O feeling old school também é bom, causando um efeito nostálgico (a produção por exemplo faz lembrar o único álbum dos nacionais Afterdeath lançado em meados dos anos noventa) mas que dificilmente cativará quem for imune à nostalgia. Uma boa estreia, surpreendente (mais uma vez de referir o trabalho da guitarra solo, muito bom) e que faz com que se aguarde por mais, da África do Sul.
Para já, a maior vantagem é apresentarem mais variedade do que a que seria esperada para uma banda grindcore - parecendo muitas vezes mais death metal brutal do que grindcore. Apresentam músicas com dinâmica suficiente para manter o ouvinte interessado durante a cerca de meia hora que dura o álbum, e têm solos de guitarra - algo também bastante incomum. Há no entanto, algo estranho quando os solos aparecem. Fica um vazio na mistura que quase parece que não existem duas guitarras, apenas uma que não consegue solar e tocar ritmo ao mesmo tempo. Um pormenor técnico que de certeza não se verificará num eventual segundo trabalho.
Outro lado positivo é mesmo a voz, que se afasta do pig squeal que já faz parte da tradição e que infelizmente é mais negativo do que positivo, sendo mais uma característica que aproxima mais do death metal do que propriamente do grindcore. O feeling old school também é bom, causando um efeito nostálgico (a produção por exemplo faz lembrar o único álbum dos nacionais Afterdeath lançado em meados dos anos noventa) mas que dificilmente cativará quem for imune à nostalgia. Uma boa estreia, surpreendente (mais uma vez de referir o trabalho da guitarra solo, muito bom) e que faz com que se aguarde por mais, da África do Sul.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
