Oriundos da mesma cidade dos Stormrider - Herne - os Custard também tocam ou pelo menos tocavam power metal numa versão mais europeia do que os seus companheiros de cidade, mas mesmo assim algo distante da linha mais "happy" do estilo. Falei no passado porque parece haver aqui um ligeiro endurecer na sua abordagem e uma aproximação ao estilo americano.
Depois da intro "Call Of Ares", a speedada "Gods Of War" prova isso mesmo, impressionando pelo seu trabalho de bateria. Outra coisa que os afasta do já referido subgénero do power metal, é a voz do seu vocalista, Oliver Strasser, que apesar de chegar a alguns agudos, consegue ser ácida o suficiente para não causar embaraços.
Com este a ser o seu quinto álbum, após quatro anos de ausência desde "Forces Remain", a identidade dos Custard permanece inalterada, apesar do peso acrescido. Peso esse que dá realmente uma vida acrescida à vida. Aquela bateria nunca mais deve ter podido ser utilizada. No entanto, há algo no seu som que deixa de pé atrás. Soa demasiado digital, quase como se tivesse programada. A partir do momento em que se repara nesse pormenor, não há volta a dar, vai-se pensar sempre nisso, o que acaba por irritar. Tanto o som da bateria como os constantes pensamentos em como o som da bateria irrita.
Refrões antémicos que cativam e ficam na cabeça, um trabalho de guitarra exemplar, seja em ritmos, solos, leads, harmonias à la Maiden, e um baixo extrovertido para o expectável no estilo. Tudo aparentemente em ordem para se ter um bom álbum de power metal arraçado das américas. Tudo, menos o pormenor do tempo. Sessenta e dois minutos, quinze músicas, parece-me ser realmente um pouco excessivo, principalmente com a questão do som da bateria. Tirando algumas músicas o álbum teria mais eficácia - como a orquestral faixa título que é completamente dispensável. Isso e um som de bateria diferente.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
Depois da intro "Call Of Ares", a speedada "Gods Of War" prova isso mesmo, impressionando pelo seu trabalho de bateria. Outra coisa que os afasta do já referido subgénero do power metal, é a voz do seu vocalista, Oliver Strasser, que apesar de chegar a alguns agudos, consegue ser ácida o suficiente para não causar embaraços.
Com este a ser o seu quinto álbum, após quatro anos de ausência desde "Forces Remain", a identidade dos Custard permanece inalterada, apesar do peso acrescido. Peso esse que dá realmente uma vida acrescida à vida. Aquela bateria nunca mais deve ter podido ser utilizada. No entanto, há algo no seu som que deixa de pé atrás. Soa demasiado digital, quase como se tivesse programada. A partir do momento em que se repara nesse pormenor, não há volta a dar, vai-se pensar sempre nisso, o que acaba por irritar. Tanto o som da bateria como os constantes pensamentos em como o som da bateria irrita.
Refrões antémicos que cativam e ficam na cabeça, um trabalho de guitarra exemplar, seja em ritmos, solos, leads, harmonias à la Maiden, e um baixo extrovertido para o expectável no estilo. Tudo aparentemente em ordem para se ter um bom álbum de power metal arraçado das américas. Tudo, menos o pormenor do tempo. Sessenta e dois minutos, quinze músicas, parece-me ser realmente um pouco excessivo, principalmente com a questão do som da bateria. Tirando algumas músicas o álbum teria mais eficácia - como a orquestral faixa título que é completamente dispensável. Isso e um som de bateria diferente.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
