About Me

Abiotic - "Symbiosis" Review


Álbum de estreia de uma banda que ainda irá dar muito que falar.

Os norte-americanos Abiotic, quinteto oriundo da Florida e de ascendência hispânica, praticantes de um death metal muito técnico e intenso, muito na veia de uns Whitechapel ou The Faceless mostram em “Symbiosis” (álbum de estreia para a gigante Metal Blade) como se faz um disco que é ao mesmo tempo brutal e com momentos muito interessantes, com passagens mais calmas e atmosféricas.

“Symbiosis” não é totalmente novo. É uma regravação do EP de estreia da banda, “A Universal Plague” de 2011, mas com mais quatro temas e melhor produção. Algo que salta logo à vista neste disco é a devastação que o quinteto deixa no seu caminho. A forma como conseguem misturar tempos insanos e técnica apurada não está ao alcance de qualquer um, mas os Abiotic fazem-no com um à vontade impressionante. Para além disso, somos apanhados a meio caminho dos temas com ambientes mais calmos, mas que em nada descaracterizam ou mancham a intensidade dos temas.

A abertura com “Metamorphilia” agarra-nos pelo pescoço, com ritmos insanos e uma voz a lembrar um hibrido entre Phil Bozeman (Whitechapel) e o falecido Mitch  Lucker (Suicide Silence). Aliás, a semelhança entre os Abiotic e os Suicide Silence é bem evidente em algumas partes deste disco, sendo bem visível nas partes mais lentas. Não é uma colagem óbvia, mas não anda longe disso. No entanto, estes rapazes ainda têm um longo caminho à frente e muito para explorar.

Se existe tema que consiga definir na perfeição a intensidade deste “Symbiosis” este é sem dúvida “Hegira”, pura devastação. Há ainda as passagens “à Cynic” em “Exitus” ou a fúria imensa em “Conquest of Gliese”.

“Symbiosis” é sem dúvida um daqueles lançamentos para aqueles que gostam de death metal técnico, mas que não chega a ser um tão odiado deathcore. Um disco de estreia com muito interesse e de músicos com uma técnica muito acima da média. Não fossem algumas partes com menos inspiração ou com alguma colagem notória as bandas acima referenciadas, estávamos perante um disco de estreia explosivo. Não o é, mas vale bem a pena a sua audição.

Nota: 7.5 / 10

Review por João Nascimento