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Ragnarok - "Malediction" Review


A três anos de completarem vinte anos de carreira, os Ragnarok voltam com o seu sétimo álbum. Comparando com o seu início de carreira, não podemos que tenha acontecido uma grande divergência ao longo dos anos, em termos estílisticos, mas sem dúvida que houve melhorias significativas e progresso no que ao nível sonoro e composição diz respeito. Há um abismo que separa este "Malediction" do álbum de estreia "Nattferd".

Logo ao ouvir os primeiros quatro temas, principalmente "Necromantic Summoning Ritual", é impossível não se ficar impressionado com o poderio sonoro e com as suas várias paredes - a das guitarras, além de ser brutal é também melódica (na medida em que as melodias realmente ficam na memória - não pensar que são de fácil assimilação. Em muito ajuda a produção, forte, orgânica que faz com que cada tema seja como um murro na cara. E como isto de andar sempre a alta velocidade acaba por cansar (mais para quem ouve do que para quem... corre), a variação de velocidade de temas como "(Dolce Et Decorum Est) Pro Patria Mori" e "Sword Of Damocles"é bem vinda, mas acaba por ser a tal melodia já mencionada e que volta a aparecer naquela que é provavelmente a melhor faixa do álbum - "Dystocratic".

"Malediction" impressiona pela sua regularidade e poder, e também pelos diversos ganchos que TODAS as músicas do álbum têm, o que faz que seja impossível que pelo menos uma dessas músicas ou um desses seus ganchos não apanhe o ouvinte. É black metal, já se fez tudo - dentro dos limites do género - e há quem defenda que não há mais nada que consiga superar ao que já feito e é certo que o que temos aqui não faz esquecer os melhores momentos do estilo, nem tem esse objectivo creio eu. No entanto, é um bom e forte trabalho de black metal.
 

Nota: 8/10

Review por Fernando Ferreira