“ The Chant “, a banda finlandesa de rock atmosférico, esteve à conversa com a Metal Imperium. O guitarrista Jussi e o teclista Mari responderam a todas as questões lançadas, fazendo desde um breve resumo de toda a discografia até às principais influências da banda e outras curiosidades. “ A Healing Place “ é o mais recente álbum da banda que ainda não teve a oportunidade de vir a Portugal. Quem sabe um dia?
M.I. – Em primeiro lugar, vamos retroceder no tempo e falar um pouco sobre os vossos três álbuns. Qual o conceito ou a mensagem por detrás de cada um?
As coisas mais pequenas e frágeis da vida inspiraram o nosso álbum “ Ghostlines “. Há coisas que passam despercebidas de início mas a sua ausência tornaria a vida muito mais intolerável. “ This Is the World We Know “ foi mais um álbum conceptual. Lidava com diferentes formas de isolamento mental e social. O novo álbum, “ A healing Place “ trata dos lados mais sinistros e infelizes da vida. Descreve os sentimentos e as emoções que alguém tem que enfrentar de forma a se sentir melhor.
M.I. – Podem nomear alguns tópicos incluídos nas vossas letras?
Em “ A Healing Place “ posso ir buscar o primeira tema, “Outlines” e o último, “Regret” que são liricamente um par. Ambas abordam a importância de se ser verdadeiro para com os sentimentos de outrem. “The Black Corner” responde à questão: o que é o lugar da cura? Não é um lugar feliz, mas é necessário de forma a sermos capazes de seguir em frente.
M.I. – E relativamente às capas dos álbuns? Como é que surgiram as ideias?
Naturalmente que queremos que cada capa reflita e suporte os temas que temos. Nós pensamos sempre muito no lado estético dos álbuns. Todas as ideias surgem das temáticas das letras.
M.I. – Costumam ir buscar inspiração às paisagens finlandesas?
Nem por isso.
M.I. – Donde é que veio mais inspiração para criar a atmosfera do vosso trabalho?
Inspiro-me com tanta coisa: música, livros, arte… com o que quer que a vida me atire!
M.I. – Já que tocam rock atmosférico, como é que funcionou o processo de escrever uma letra e tentar pôr a atmosfera certa nesse mesmo tema?
Não há magia no ar quando se compõe música. É apenas trabalho árduo. Em “ A Healing Place “ queríamos ter um som caloroso e cinemático. Nada de guitarras distorcidas, mas sim vozes limpas, guitarras acústicas , sintetizadores e harmonias vocais.
M.I. – Lembram-se de algum momento divertido relacionado com a altura em que estavam a gravar algum dos vossos álbuns?
Jussi: Nem por isso. É trabalho difícil.
Mari: Conhecemo-nos há anos! Considero que a diversão que sentimos é quando estamos todos juntos nos ensaios e nos concertos.
M.I. – Na página oficial do vosso facebook, há a seguinte frase: “ este é um lugar de cura “ que deriva do vosso mais recente álbum, “ um lugar de cura “. É uma frase interessante. Porque escolheram esta frase em particular para vos descrever?
Nós temos usado uma frase diferente no facebook cada vez que lançamos um álbum novo. Quando lançámos o “ Ghostlines”, a frase era “ Não estamos realmente aqui “; com o “ This is the world we know “, a frase era “ Este é um momento de coragem “… Cada frase descreve o álbum e o estado de espírito actual da banda.
M.I. – Que banda ou bandas vos levaram a praticar o estilo musical que praticam?
Todos ouvimos estilos diferentes: desde pop a metal. Logo, somos todos influenciados por diferentes bandas e artistas. Sempre gostei de Anathema, Katatonia e Paradise Lost. Podem ouvir essas influências na nossa música.
M.I. – Há novo material para um próximo álbum?
Sim, temos 2 temas que estão quase prontos. De resto, ainda há muito por fazer.
M.I. – Há planos no futuro para uma passagem em Portugal para tocarem ao vivo?
Entrevista por Daniela Freitas