Quarto disco para
este quinteto de death metal sueco. E
que disco! O sucessor de “Path of Fire” de 2010 trás uns Aeon ainda mais
brutais e precisos. O que temos aqui é puro death
metal, sem grandes floreados ou inovação, mas competente o suficiente para
ser considerado um dos melhores discos do género do ano. “Aeons Black” é pura
agressão aos sentidos, com quinze temas (pouco usual num disco deste género)
orientados para a agressão e brutalidade. É um passo em frente relativamente
aos discos anteriores, mais orientado para os temas a meio-tempo e algum groove, mas nunca deixando de ser interessante,
pontuado aqui e ali por algumas passagens menos habituais. No entanto, o
talento está todo lá, o que aliado a músicos acima da mádia fazem de “Aeons Black” um excelente disco.
Para sempre
conhecidos como a banda de Nils Fjellstrom, hoje baterista nos Dark Funeral, os
Aeon viram-se novamente privados da presença de Nils e viram regressar o membro
fundador Arttu Malkki para o posto, decisão mais que acertada, sendo que Malkki
confere algum acréscimo de peso em detrimento da velocidade habitual na música
dos Aeon. De resto, os Aeon são tudo aquilo pelo qual sempre foram conhecidos: guitarras
furiosas e precisas, vocalizações brutais e sempre a mesma mensagem
anti-cristã.
Desde o visceral
tema de abertura “Still They Pray”, ao peso absurdo de “I Wish You Death” (antecedido
por um tema ao piano em “The Voice Of The Accuser”) à velocidade furiosa de “Nothing
Left To Destroy”, “Aeons Black” é um daqueles discos que dão prazer em ouvir
mais que uma vez. E isso são alguns pontos a favor deste disco. Algo que não
acontecia nos anteriores “Rise to Dominate” e “Path of Fire” que, apesar de
serem excelentes discos, não nos motivava para ouvir uma segunda vez. Ouvíamos
e partíamos para outros. Com “Aeons Black” isso não acontece. É um disco que
cresce a cada audição e que fica bem ao lado de discos de bandas como Nile,
Cannibal Corpse ou Suffocation.
“Aeons Black” é
um disco furioso e cheio de ódio, arrasando tudo o que aparece pelo caminho. Não
é usual aparecerem bandas deste tipo da Suécia, um país mais conhecido pelas
bandas de black metal furioso
(Marduk, Dark Funeral) ou pelo Gothemburg
metal (In Flames, Dark Tranquility) ou pelos outros gigantes Messhugah e
Opeth. No entanto, fica sempre bem vermos suecos a praticar este estilo. Mostra
que ainda está muito vivo e com muito para dar. E “Aeons Black” é um excelente
exemplo disso mesmo.
Nota: 8.5 / 10
Nota: 8.5 / 10
Review por João Nascimento