Formada em 2002 pelo guitarrista, compositor e vocalista Simon Berglund juntamente com o guitarrista Nyström Emil (ambos com apenas 15 anos na época), os Zonaria ultrapassaram o seu estado underground com o “Infamy and The Breed”, e cada vez mais teimam em vincar a sua passagem e deixar a sua marca na cena de metal internacional. Lançado o novo álbum “Arrival of The Red Sun”, o baixista Max Malmer teve a gentileza de falar connosco elucidar-nos da filosofia por detrás deste projecto.
M.I. - Contem-nos algo sobre o novo álbum Arrival of the Red Sun. Como é que a música dos Zonaria evoluiu para a criação deste álbum mais recente?
Pessoalmente, acho que o Arrival of the Red Sun, evoluiu à medida que nós também fomos evoluindo. Nós tornámo-nos melhores compositores e melhores músicos, logo este álbum ficou também melhor e reflecte a nossa evolução. Mas o que realmente difere dos álbuns anteriores, é a dinâmica das músicas. Há músicas rápidas e há músicas lentas, há musicas melódicas mas também há velocidade, mas no fundo é sempre Zonaria. E na minha opinião, esta mudança é a mais importante pois torna o álbum mais interessante de se ouvir.
M.I. - Quais são as maiores diferenças de entre estar na Listenable Records e na editora anterior, a Century Media?
Essa é uma pergunta difícil. Ambas são diferentes em vários aspectos. Century Media é uma coisa em grande o que nós fez mais sentir parte de uma empresa. Listenable Records tem mais aquele aspecto pessoal e acolhedor. Nós ficamos mais perto de todos aqueles que trabalham na editora. Isso faz com que a sua relação connosco seja mais pessoal e mais adequada aos Zonaria. E claro, isso é óptimo!
M.I. - Ao longo do tempo a banda sofreu muitas alterações no que toca aos seus membros. Porque é que isso aconteceu?
Bem, os tempos mudam e algumas pessoas têm de ir para a frente com as suas vidas. Isto é bastante natural. Aquelas bandas que conseguem manter juntos todos os membros desde a sua formação durante 20 anos são uns sortudos! Nem todas as bandas têm membros que se encaixam assim tão bem.
M.I. - Desde que vocês começaram este projeto, com 15 anos de idade, continuaram sempre a seguir a mesma linha de composição musical que tinham imaginado ou as vossas concepções foram mudando?
Eu não estou na banda desde o início. Mas penso que começaram a fazer um estilo de música completamente diferente do que o que tocamos nos dias de hoje. Acredito que a visão é completamente diferente da de hoje para momentos passados.
Talvez sejamos. Quer dizer, espero que sim, inspirar outros a fazer algo é algo fantástico no que toca a fazer música! E eu sei, que deve andar por aí uma banda ou outra que se sinta inspirada por aquilo que fazemos. Por isso, sim.
M.I. - Quais são as melhores e as piores coisas de estar numa banda?
A melhor coisa de todas é saber sempre qual é o teu objetivo de vida. Saber que tudo o que se encontra à minha volta é música e que define a tua vida. Eu não consigo imaginar o que faria sem ela. A pior coisa talvez seja o facto de desviar demasiado a tua atenção para outras coisas que também são importantes na vida. E às vezes, em demasia mesmo.
M.I. - Qual é a vossa opinião sobre o metal em Portugal?
É muito interessante mas apesar de tudo é triste ver poucas as bandas que conseguem fazer um percurso que chegue até à Suécia. É quase como para nós chegar a Portugal. Não é como se estivesse logo ao nosso lado. Mas espero que o metal português tenha um maior impacto no futuro!
M.I. - Têm alguma tour planeada para breve? Ou um concerto em Portugal?
Nós ainda não tornamos oficial nenhuma tour. Temos muitos festivais e concertos no futuro e também planos para tours. E quem sabe? Não é impossível chegarmos até aí.
M.I. - Quais são os vossos planos para o futuro?
Nós pretendemos tocar o mais possível ao vivo. Continuar a fazer tantos festivais e tours como nos anos anteriores. E esperamos começar a fazer um novo álbum rapidamente já que o último chegou um pouco atrasado!
Entrevista por Sara Leitão