Quando pensamos em países que são potencias musicais no que diz respeito ao metal, certamente que não é a Suíça que nos vem à cabeça, mas se pensarmos bem, de lá sairam nomes bem importantes. Celtic Frost, Samael, Coroner, Hellhammer, Triptykon e Eluveitie, alguns deles nomes míticos e outros também sobejamente conhecidos, mostram que na Suíça também se faz bom metal, o que é o caso dos Sybreed.
Ao contrário da maior parte destas bandas, os Sybreed destacam-se por uma sonoridade mais moderna, quem ainda não os conhece experimente pensar numa fusão do metal industrial e robótico dos Fear Factory, com o groove e a poliritmia dos Meshuggah e a melodia e acessibilidade dos Soilwork. Ficarão assim com uma ideia do som praticado pelos Sybreed, apesar destes já estarem no seu quarto álbum e até já terem de certo modo um som algo próprio.
Os Sybreed são uma das bandas de metal moderno e industrial que apareceram na primeira década do novo milénio, cujos nomes mais conhecidos, além dos próprios, são os Mnemic e Raunchy. Cá em Portugal também tivemos uma banda do mesmo género, que até teve um álbum editado pela Nuclear Blast, lembram-se dos Re:aktor?
O quarto álbum da banda suíça, "God Is an Automaton", trás-nos uma banda madura e com uma sonoridade madura e consistente, que por mais que viva na sombra das suas influências, tem os seus argumentos para vingar. É um álbum de fácil audição, acessível e catchy e com argumentos mais que suficientes para ser ouvido várias vezes.
Numa tracklist sólida destacamos a faixa título, "Challenger" e "The Line of Least Resistance", os temas mais fortes e sobertudo, orelhudos deste trabalho.
"God Is an Automaton", não é um álbum que vá revolucionar o que quer que seja, ou que vá invadir as listas de melhores álbuns de 2012, mas é um bom álbum de metal contemporâneo, capaz de fazer abanar muitas cabeças e de ter refrões a invadir a nossa mente.
Nota: 7.5/10
Review por Mário Santos Rodrigues
