About Me

Ashent - "Inheritance" Review

Os Ashent são uma banda italiana de metal progressivo que tem passado um pouco despercebida, talvez devido á sua ainda jovem carreira e ao seu país de origem. Contudo apesar disso estes italianos conseguem ser um bom exemplo de qualidade e frescura no metal actual.

É com o seu terceiro registo de originais que a banda continua a odisseia de tentar conseguir moldar uma identidade fazendo uma sonoridade que bebe do passado com influências vincadas do bom e velho rock progressivo mas às quais lhe juntam um toque moderno onde adicionam, peso, atmosfera e feeling numa mistura bastante eficaz.

“Eve” é o primeiro tema a iniciar este registo, onde podemos disfrutar de belos cenários sonoros, regados com um lado etéreo onde momentos de caos e serenidade se alternam, rematados pela excelente prestação vocal de Titta Tani que se ao longo deste registo se mostra bastante ecléctico abraçando vários registos vocais. “Magnification of a Day” e “Shipwrecked Affair” mostram um colectivo com a vontade e a habilidade de converter o seu virtuosismo em densas texturas sonoras que se desenvolvem de forma natural e fluída que chega a remeter para Devin Townsend por breves momentos.

Depois da morna “Fractural”, que serviu mais como um espaço de destaque para os talentos vocais de Titta Tani, segue-se “Spiders Nest” onde o músico se supera com uma prestação colossal, com uns toques de colagem ao lendário Freddy Mercury, que se mostra como uma das principais influências do vocalista.

Por fim temas como “Starving Litany”, “Confessions of Reimman” e “The Defiant Boundary” são perfeitos exemplos para atestar a evolução da banda face ao álbum anterior. A verdade é que “Inheritance” é um álbum mais atmosférico, coeso, dinâmico e mais orquestral que o seu predecessor.

A sensação com que ficamos ao terminar a audição de “Inheritance” é a de que os Ashent dão mais uma prova da sua vontade de querer evoluir e inovar, desafiando-se a si próprios e conseguindo resultados espantosos.

Nota: 8.5/10

Review por Ruben Mineiro