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As I Lay Dying - "Awakened" Review


Doze anos de carreira e já o sexto álbum, é o saldo em termos de lançamentos dos norte-americanos As I Lay Dying, o que é de facto, uma boa regularidade. Não se pense com isso que a banda se apressa como outras a editar álbuns para aproveitar os louros da sua popularidade, para entrar rapidamente em tournée, que é onde as bandas hoje em dia têm mais lucro e não com a venda de CDs.

Apesar de não demorarem muito a lançar novos registos - o maior intervalo entre lançamentos foi entre o "An Ocean Between Us" de 2007 e o "The Powerless Rise" de 2010 - sendo que nos outros álbuns esse intervalo é de apenas dois anos, a banda de Tim Lambesis e companhia, só tem apresentado conjuntos de temas de grande qualidade e o novo "Awakened" não foge à regra. De facto, este é mais um grande disco dos AILD e nada deve aos seus antecessores, continuando na mesma linha de "An Ocean Between Us" e "The Powerless Rise".

Os As I Lay Dying demonstraram mais uma vez que são uma das melhores bandas de metalcore, com um equilíbrio perfeito entre peso e melodia, ao contrário de grande parte das bandas do género, que hoje em dia pendem mais para a melodia e acessibilidade, ou então para o peso estéril.

"Awakened" agrega todos os elementos que fazem deles um dos porta-estandartes do metalcore, por isso quem gosta de As I Lay Dying vai devorar certamente este álbum, até porque este é um disco sem fillers, estando os melhores temas superiormente distribuídos por todo o álbum, não deixando o álbum baixar a nível qualitativo e mantendo o interesse do ouvinte durante os seus cerca de 43 minutos de duração.

O que não faltam são momentos que prendem o ouvinte, uns mais pelos grandes riffs, outros pelas melodias, outros pelos refrões marcantes, ou pela excelente dualidade vocal entre Tim Lambesis e Josh Gilbert mas no geral está tudo extremamente bem conseguido durante os temas.

Este álbum será certamente o melhor do ano no que ao metalcore diz respeito, deixando a concorrência a milhas de distância. Não por fazerem algo de substancialmente diferente em relação às outras bandas do género mas sim porque o que fazem, fazem-no com uma classe quase ímpar e com a convicção e credibilidade de quem pratica este som desde o início, ao contrário das bandas da segunda geração do género que tentaram apanhar um comboio em andamento.

Nota: 8.6/10

Review por Mário Santos Rodrigues