
Desta vez, o coletivo norte-americano revela-se sob o nome “Melvins-Lite”, que conta com as quatro cordas manuseadas pelo contrabaixista Trevor Dunn, já companheiro de Buzzo em Fantômas, e sem o segundo baterista Coady Willis. “Freak Puke” é o nome do álbum.
O opus abre com “Mr. Rip-Off”, uma música que, só ao ouvir, nota-se perfeitamente que tem mão de Buzzo. Ao longo da peça, vamo-nos deparando com piscadelas ao Rock mais clássico, como em “Leon vs The Revolution” e “Let Me Roll It”.
Mais uma vez, destaque-se o contrabaixo de Dunn, que se apresenta bastante coeso e a dar uma dinâmica à música dos Melvins bastante interessante, com a sua sonoridade única e a seguir bem a percussão de Dale Crover.
Mais à frente, e a finalizar o álbum, temos o momento mais Pink Floyd do disco, onde King Buzzo mostra quase descaradamente a sua adoração a Syd Barrett, sendo que “Tommy Goes Berserk” tresanda a psicadelismo pelos poros, ao mesmo tempo que nos enche a barriga e dá por terminado este longa-duração, o primeiro sob o epíteto Melvins-Lite, e de que maneira!
A juntar à qualidade, também é de louvar a diversidade de horizontes a que este álbum pode chegar, até porque pelo som, é difícil que fãs de Grunge, de Metal, e até do Rock clássico, torçam o nariz ás rockalhadas de King Buzzo! Irresistível!
Nota: 8.3/10
Review por Diogo Marques