2011 foi um ano em grande para o progressivo, com grandes álbuns a serem lançados, não só com excelentes regressos das maiores bandas do género, como também com novas bandas a começarem a marcar posição. Ora, 2012 começa exactamente com uma proposta a ter em conta para os amantes do Metal Progressivo: a estreia dos americanos Mercurial Void, com o seu álbum homónimo.
O quarteto americano começa a sua aventura no grande estrelato com um lançamento independente, o que demonstra a grande vontade do grupo em começar a sua carreira, não hesitando em lançar um álbum pelos seus próprios meios, sem ter que recorrer à ajuda de uma editora.
Analisando então o álbum, “Mercurial Void” começa bastante bem com “One Way”, uma faixa bastante diversificada que faz crescer as expectativas por aquilo que se vai ouvir no resto do álbum. A atenção é novamente agarrada na faixa quatro, “Hallow as My Heart”, uma balada muito bem conseguida, num dos momentos altos do álbum. “What´s Coming to You (Ego Meets Reality)” mete o pé no acelerador, e por momentos vêem à cabeça os grandes Nevermore.
Contudo, fora estes três temas, não há assim nenhum outro que se destaque particularmente, existindo contudo excelentes pormenores em praticamente todas as restantes cinco faixas, mais nomeadamente no excelente solo de guitarra em “Fever Dream”, ou na maior agressividade presente em “Anxiety Addict”.
Se pensarmos que realmente este é ainda o trabalho de estreia de uma banda que ainda tem muito por onde progredir, então talvez até se possa ver o álbum homónimo dos Mercurial Void com outros olhos, e reconhecer a sua qualidade. Mas se pensarmos no álbum comparado com os grandes nomes do género, fica a ideia de que este álbum ainda não está no patamar de outros nomes sonantes.
“Mercurial Void” é então um bom álbum para uma banda ainda principiante, mas que contudo não consegue surpreender. De qualquer forma, este lançamento faz com os que os Mercurial Void sejam um nome a ter em conta no futuro, resta agora ver se a banda tem margem de progressão para se tornar realmente num nome importante, ou se será apenas mais uma das muitas bandas de Metal Progressivo que por aí vão aparecendo, sem conseguirem beliscar os grandes nomes do género.
Nota: 7.5/10
Review por Pedro Reis