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“Malverde” dá início ao álbum, numa toada que por vezes pisca o olho a sonoridades mais Sludge. Uma faixa mais agressiva onde a voz comandante é a de Maurice Bryan Gilles, que para além de partilhar os vocais do álbum com o baixista David Sullivan (encarregue das partes mais melódicas), assume também a função de guitarrista. Seguem-se “Wires” e “Hank is Dead”, que até já têm direito a videoclips (bem divertidos por sinal) que mudam um bocado o tom do álbum para algo um pouco mais melódico, com maior relevância para a voz de David Sullivan. Percebe-se perfeitamente o porquê destas terem sido as músicas escolhidas para single, dado serem bastante mais catchy e radio-frendly, não perdendo contudo qualquer qualidade por isso. O som mais cru e pesado regressa com “Dirt Wizard”, com um início rápido e cru, que culmina num dos fortes refrões do álbum, e que faz desta música um dos pontos altos do mesmo. “Throw Up” começa como uma música mais mid-tempo, mais vai crescendo e acaba como uma música explosiva, numa autêntica jam onde a bateria de John Sherman faz estragos. Antes disso, há ainda tempo para o habitual refrão orelhudo, sendo que estes são mesmo muito constantes ao longo do álbum, e são sem dúvida um dos pontos fortes do mesmo, porque apesar de catchy acabam por não ser cansativos. “Painted Parade” é um autêntico hino ao Rock n´Roll, rápida e directa como mandam a as regras, esta música quase parece uma “Ace of Spades” dos tempos modernos, e chama mesmo pela banda de Lemmy e companhia a toda a hora, sendo as parecenças inevitáveis. É ainda de realçar a faixa “The Undertow”, uma faixa bastante diferente de todas as outras nove deste disco, pois é uma música muito mais lenta e até sombria. A música quase que funciona como que uma balada neste disco, apesar de não o ser. Contudo, um excelente apontamento numa faixa bastante hipnotizante e extremamente bem conseguida.
Em suma, “Murder the Mountains” funciona então como que um passo em frente na carreira dos Red Fang, que vê-se que fazem música acima de tudo para se divertirem, e colhem os louros por isso mesmo. Um álbum repleto de boa disposição, bem tocado e cheio de doses de Stoner que farão certamente abanar muitas cabeças por aí fora, não só de apreciadores de Metal, como de apreciadores de Rock n´Roll em geral. O divertimento e a humildade destes quatro apreciadores de cerveja é notável e certamente que qualidade não lhes falta. Parecendo que não, “Murder the Mountains” já lhes valeu o reconhecimento de uma tour conjunta com os Mastodon. Resta então ver até onde os Red Fang conseguem crescer, mas qualidade certamente que não falta ao quarteto americano.
Nota: 8.7/10
Review por Pedro Reis