
Oito anos depois, sem ninguém esperar, eis que surge o anúncio que o vocalista iria reunir-se com os Fates Warning (tirando o actual vocalista) e lançar um álbum que é o que mais próximo se pode ter actualmente da já mencionada primeira fase. Para os fãs, esta review acaba aqui, porque não há mais razões para continuar a ler, eles já estão convencidos de que este é um álbum que devem ter. Para os que não são fãs e para os que não sentem um arrepiozinho na espinha ao ouvir a inconfundível voz de John Arch, então resta dizer que são seis músicas, apenas duas com menos de oito minutos, do melhor que o metal progressivo tem para oferecer actualmente. Provavelmente se forem ouvir os primeiros álbuns, notarão de que as coisas não estão tão straight-forward como nesses tempos, que a personalidade progressiva está mais vincada, sendo o melhor de dois mundos (entre a primeira e a segunda fase da banda), tudo com a voz de Arch por cima. Não se pense, no entanto que devido ao tamanho das faixas, temos aqui viagens auto-indulgentes, onde os instrumentistas brilham. Todos brilham no seu conjunto, sendo que os maiores beneficiários são as próprias músicas e claro os ouvintes e apreciadores de metal progressivo.
É difícil apontar faixas favoritas porque o álbum no seu conjunto é extremamente coeso, no entanto os épicos “Neurotically Wired”, “Stained Glass Sky”, “On The Fence” e “Any Given Day (Strangers Like Me)” – com um lead inicial a lembrar Maiden. Classe em pouco mais de cinquenta minutos, é uma descrição simples mas verdadeira para o que se ouve aqui. A música flui naturalmente, como se tudo estivesse em ordem e fizesse perfeito sentido. E faz.
Nota: 8.5/10


1. Neurotically Wired
2. Midnight Serenade
3. Stained Glass Sky
4. On The Fence
5. Any Given Day (Strangers Like Me)
6. Incense and Myrrh
Review por Fernando Ferreira