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Manilla Road - "Playground Of The Damned" Review

Vamos falar de metal verdadeiro – não confundir com Trve. Manilla Road é uma das bandas clássicas do Heavy Metal que nunca conseguiu ultrapassar o estatuto de banda de culto e ficar consequentemente restringida ao underground. Ao ouvir este “Playground Of The Damned”, não é difícil perceber porquê. Esta deve ser a produção mais ridiculamente podre dos últimos anos. O podre no mau (péssimo) sentido. Já se ouviram demos de bandas de black metal lo-fi com melhor qualidade que isto. Metal verdadeiro e anti-modernices ainda se desculpam e até se incentivam (com doses moderadas), agora se isso significar som amador digno de uma banda sem currículo, expectativas por parte dos fãs, talvez já seja levar a coisa longe demais.

Se ignorássemos este (enorme) detalhe, talvez fosse mais fácil apreciar este que é o décimo quarto trabalho (sem contarmos com o álbum de 1992 lançado sob o nome de “The Circus Maximus”, que a editora aproveitou para mudar o nome para Manilla Road de forma a ganhar mais uns cobres). Faixas como a “Grindhouse” onde Shelton sola como se a sua própria vida dependesse disso, mas no então também temos aqui riffs que não soam a nada (“Abattoir De La Mort”), fruto da produção manhosa onde as guitarras não têm presença ou poder e a bateria parece ter sido captada com microfones de telemóvel. No entanto, na mesma música, temos mais um solo impressionante pela forma como nos agarra e empolga. É esta a magia de “Playground Of The Damned”, na mesma música temos o bom (grandes solos), o mau (riffs e arranjos que não resultam com produção podre) e o vilão (a produção podre na sua generalidade).

A única maneira de ouvir este álbum em pleno é ouvi-lo atentamente e tentar imaginar como seria se tivesse uma produção minimamente decente. Até dá que pensar… uma faixa como a “Fire Of Ashurbanipal”, com um bom som… Desperdício.

Nota: 6/10
"Playground Of The Damned" track list:

1. Jackhammer
2. Into the Maelstrom
3. Playground of the Damned
4. Grindhouse
5. Abattoir de la Mort
6. Fire of Ashurbanipal
7. Brethren of the Hammer
8. Art of War


Review por Fernando Ferreira