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Entrevista aos Phazer


Os Phazer são uma banda nacional de rock pesado que lançou o seu disco de estreia "Kismet" em 2010, trabalho que deste então tem recebido várias reviews muito favoráveis por parte da crítica, inclusivé aqui na Metal Imperium. Para vos darmos a conhecer melhor este projecto, falámos com o baixista Henrique Martins.

M.I. - O vosso álbum de estreia "Kismet", tem sido extremamente bem recebido pela crítica. Isso é algo que vos deixa satisfeitos?

Sim, na verdade temos sido surpreendidos pela quantidade de críticas bastante positivas que temos recebido a este nosso trabalho. É algo que naturalmente nos deixa muito satisfeitos, não só pelo sentimento de realização adquirido pela receptividade aos temas que compusemos, e pelo reconhecimento do árduo trabalho de produção envolvido, como também por saber, que não só em Portugal, já que temos recebido diversas críticas dos vários continentes, existem pessoas e entidades atentas ao que de novo vai surgindo no panorama musical, e claro, sentimos bastante orgulho em ser colocados ao nível de nomes conhecidos nacional e internacionalmente.


M.I. - Estão satisfeitos com as reacções por parte do público, ou acham que já mereciam mais reconhecimento?

Temos tido contacto com vários tipos de público, desde o público que nos conhece através do nosso website ou das redes sociais, o nosso palco virtual, do qual recebemos mensagens de apreço e comentários bastante positivos, numa base diária, quer à musica quer ao video, até ao público que se desloca aos nossos concertos. Neste último caso, felizmente, a reacção do público tem sido bastante efusiva, o que nos transmite uma energia bastante positiva. Infelizmente, e talvez derivado à actual conjectura económica, que por um lado limita a acção de promoção das entidades organizadoras, ao nível de promoção, etc., por outro, mexe no bolso de cada um, o que torna por vezes complicada a adesão de uma quantidade “generosa” de publico aos nossos concertos. Felizmente não é um fenómeno generalizado, no sentido em que, muitas vezes descemos do palco com a sensação de dever realizado, a saber que demos o nosso melhor, e que o público não ficou de modo algum defraudado. Já por si, é uma forma de reconhecimento, naturalmente, e como é da condição humana, queremos sempre mais…


M.I. - O título do álbum é "Kismet", que é também o nome de uma das músicas desse trabalho. Qual é o significado desse nome e porque o escolheram para título do álbum?

Foi o título que quanto a mim, sumariza todas as histórias que são contadas no álbum. Este disco não tem histórias felizes, tem histórias de dúvidas, raiva, libertação, revolta, mágoa, uma profunda incerteza sobre como será o nosso futuro tendo em conta o que fizemos e o que nos rodeia, a capa do disco mostra esse caminho com um coração preso por um cordel no topo como se tratasse da estrela de Belém (abstendo da carga religiosa da expressão) que está sempre agarrado a nós, é a emoção que transportamos para todo o sítio onde vamos. É um caminho a fazer, que não sabemos o que está do outro lado do monte, o lado negro da lua, ninguém sabe. É o nosso destino, que sabemos de antemão que poderá nos esperar o pior, mas temos sempre a esperança que algo de bom se vislumbre. É o que existe de comum entre todos nós, é a nossa condição humana.


M.I. - Compuseram o álbum em grupo ou individualmente?

O processo de composição utilizado pelos Phazer, é, arrisco a dizer, desde sempre, o mesmo: o Gil apresenta-nos alguns esqueletos, ou uma sucessão de riffs que trabalhou, e na sala de ensaios, entre todos, definimos onde é que cada riff vai encaixar, e qual a sucessão, o que vai dar origem a cada um dos temas. As partes de baixo e bateria muitas das vezes já são compostas em cima de uma base de guitarra. Nesta fase as ideias começam a surgir, e todo o processo de criação adquire uma forma mais interactiva, em que os 4 procuram, em termos de sonoridade, qual a linha de baixo que faz mais sentido, qual o ritmo de bateria que poderá imprimir mais dinâmica na música, respeitando sempre o cunho individual de cada um dos músicos. A parte vocal, cabe ao Miranda! Não só a nível de desempenho e performance, como também durante a composição. É o responsável pelas letras e pelas melodias vocais.


M.I. - Como defines a sonoridade dos Phazer?

Eu costumo dizer apenas Rock, mas confesso que normalmente tipificam-nos de Hard Rock com algumas vertentes de crossover. A base é Rock, mas bebemos e misturamos sempre outros estilos, tais como alguns géneros de Metal, Rock Progressivo, Southern Rock, Folk e até muito de vez em quando algum Funk. Fomos altamente influenciados por bandas como Metallica, Pantera, Led Zeppelin, Black Sabbath, Jimmi Hendrix entre outros.


M.I. - Agora que já passou bastante tempo desde que lançaram "Kismet" sentem que este era exactamente o álbum de estreia que queriam fazer?

A gravação e produção deste do álbum “Kismet” foi um trabalho muito intenso em que tanto a banda como o produtor Fernando Matias, se empenharam com grande esforço. Sendo o primeiro álbum de PhaZer, e a primeira vez que trabalhamos com o Fernando como produtor, houve uma margem bastante razoável de adaptação aos métodos de trabalho e à sonoridade da banda. Aliado a uma curiosidade natural em experimentar coisas novas e deixar fluir ideias, tivemos hipóteses de testar diversas abordagens em termos de sons e novos arranjos que foram surgindo ao longo das gravações. Com tanto material que conseguimos juntar, foi-nos possível filtrar tudo o que foi consensual, que acreditamos, tenha dado resultado num álbum bastante maduro, que traduz e materializa o espírito dos PhaZer.


M.I. - Já têm ideias para um segundo álbum?

Este ano, é fazer mais concertos e tentar exportar o nosso álbum lá para fora. Em relação a um 2º álbum, ainda não planeamos quando entraremos em estúdio, estamos já a escrever novas músicas e para já estamos apenas concentrados nisso.


M.I. - Todos os membros do grupo têm o mesmo gosto, ou existem variadas influências no vosso colectivo?

Apesar de estarmos numa faixa etária bastante próxima, os gostos musicais de cada um dos elementos de Phazer são bastante diversos. Naturalmente existem gostos que são partilhados e que todos temos em comum, mas para além de alguns casos que identifiquei, existe alguma diversidade a nível de gostos musicais de cada um dos elementos. Tal facto permite-nos fazer musicas que se adequam aos gostos de cada um, com um resultado bastante interessante na minha opinião.


M.I. - Quais são os objectivos que os Phazer têm para o futuro?

Gravar um novo álbum e que o seu resultado nos satisfaça plenamente e depois é partilha-lo com o maior número de pessoas possíveis de forma a satisfazermos os nossos fãs e descobrir-mos novos fãs e, se possível, que gostem bastante do disco.


M.I. - Querem deixar uma última mensagem para os nossos leitores?

Quero dar um abraço especial a todos os vossos seguidores e convida-los a visitarem o nosso website em www.gophazer.com e tornarem-se nossos amigos no nosso Facebook em www.facebook.com/gophazer para nos ficarem a conhecer melhor e interagir connosco.
Quero também deixar um abraço especial a toda a equipa do Metal Imperium pelo tempo dado aos PhaZer e agradecer por nos terem sempre recebido muito bem no vosso espaço. Felicidades para o Metal Imperium. Obrigado e até à próxima.




Entrevista por Mário Rodrigues