Formados na Califórnia em 2002, os Suicide Silence cedo se destacaram no panorama metálico, graças a um excelente disco de estreia, “The Cleansing” em 2007 e à quantidade de concertos anuais dados pela banda. Alias, a explosividade das suas actuações era de tal forma enorme que a banda participou em diversas “tours” itenerantes tais como os “Mayhem Festival” e “Music as a Weapon” e se dermos uma volta pela internet pela procura de vídeos de concertos da banda podemos constatar a força e poderio da mesma ao vivo.
Em 2011, a banda lança o seu terceiro disco de originais, “The Black Crown”, sucessor do muito bom “No Time to Bleed” de 2009. O que encontramos aqui são uns Suicide Silence mais brutais e violentos, elevando ainda mais a fasquia da componente death metal do seu som global. No entanto não se trata de brutalidade gratuita, pois a musica que os Suicide Silence compõem e interpretam é de qualidade, fazendo que esta seja a banda “a bater” no que ao deathcore diz respeito.
Apoiados num complexo jogo de ritmos, ora mais lentos e pesados como chumbo, e ritmos mais rápidos e ritmos muito rápidos, este “The Black Crown” é um conjunto de onze temas muito variados e dinâmicos, sendo que é uma continuação do disco de 2009. Mas não esperem nada de muito diferente ou fora do “modos-operandi” deste quinteto. Os Suicide Silence limitam-se a construir um novo disco mais “in your face” que os anteriores, onde as constantes mudanças de ritmos nunca aborrecem e tornam o resultado final suficientemente interessante.
“Human Violence”, “Cross-Eyed Catastrophe” e “Smashed” com a participação do monstro Frank Mullen dos Suffocation são talvez as melhores malhas do disco. Outra das participações neste disco é de Jonathan Davis do Korn no tema “Witness The Addiction”. O engraçado é que se não soubéssemos qual a banda que estaria a tocar, iríamos jurar que eram os Korn, tal a semelhança com os temas desta mesma banda.
Num total de quase quarenta minutos de música, os Suicide Silence mostram ao mundo a sua nova criação. A minha opinião sincera? É um bom disco? Sim, mas não fica colado à mente, os temas saem com a mesma velocidade que entram no córtex cerebral. Tem boas malhas? Sim, mas não são assim tão boas, já ouvimos melhores (deles mesmos e de outras bandas). É inovativo? Não, é um pouco mais que banal. É apenas mais um disco de deathcore. Mas é bem executado e de certeza que fará com que a banda continue a dar concertos poderosos e a pregar a sua mensagem.
Nota: 7.6/10
“The Black Crown” track list:
01. Slaves To Substance
02. O.C.D
03. Human Violence
04. You Only Live Once
05. Fuck Everything
06. March To The Black Crown
07. Witness The Addiction
08. Cross-Eyed Catastrophe
09. Smashed
10. The Only Thing That Sets Us Apart
11. Cancerous Skies
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Review por João Nascimento