A produção é forte, as músicas bem estruturadas, os solos de excelente qualidade, os arranjos bem acima da média, refrões apelativos - óptimo exemplo para isto tudo é a faixa Shades Of Black e a de abertura, Unlimited Chaos, logo seguida da curta introdução “Allegiance” que faz lembrar, por acaso (ou não) os também dinamarqueses Artillery, principalmente no álbum B.A.C.K.. Apesar da nacionalidade, estão bem mais próximos do que se faz (ou fazia) do outro lado do Atlântico do que propriamente aqui no velho continente, tirando as já referidas semelhanças com os conterrâneos. Metallica surge à mente em alguns momentos que parecem algo familiares, Overkill também, no entanto, conseguem ser “originais” o suficiente para ter já uma certa identidade, que de certeza será aprofundada nos eventuais álbuns seguintes. A voz, por outro lado, parece ser uma mistura entre a agressividade de Tom Araya e o tom de Mille Petrozza, uma mistura que resulta muito bem, ficando mesmo no ponto ideal para os que não se revêem tanto na abordagem mais moderna do Thrash Metal.
É para esses que este álbum é indicado, uma proposta moderna o suficiente para que não sejam apelidados de retro, mas que mesmo assim conserva alguns pontos (muito positivos) da chamada velha escola – um termo também já a atingir o ponto de saturação. Mesmo sem reinventar a roda, este é um álbum e uma banda que vale a pena descobrir, até porque eu gosto bastante da roda tal como ela é.
Nota: 7.8/10
"Lost In Violence" Track List:
01. Allegiance
02. Unlimited Chaos
03. Pestilence
04. Blood Culture
05. Night's Destruction
06. Oblivion
07. Shades of Black
08. Trace of Terror
09. Lost in Violence
10. Aggressive Attack
Myspace Oficial: http://www.myspace.com/essencemetal
Review por Fernando Ferreira