

E assim o foi. Os Lux Ferre não são uma agência de viagens, mas ofereceram-nos uma tremenda investida pelas profundezas do ser, tal o sentimento e espírito que passaram “cá para fora”. Uma aparição extremamente emocionante, nomeadamente quando interpretada em português. As melodias hipnóticas de «Pira», «Breu» e «Dormente» ecoavam nas nossas cabeças na manhã seguinte. A setlist contou com temas de todos os lançamentos e foi, sem dúvida absolutamente nenhuma, o grande momento da noite. O corpo estava ali, mas eu (eu realmente) não. Eu fora raptado.
Por fim, dos Países Baixos vieram os Cirith Gorgor. Como já referi, esta foi a primeira vez que actuaram em Portugal e não perderam tempo a tomar de assalto o Metalpoint. Uma autêntica máquina de guerra a disparar em todas as direcções ao longo de uma hora. O som pareceu-me um pouco mais alto do que até então, mas o mundo paralelo por onde se caminhava, tirava-lhe importância. Black Metal épico, com temas longos mas nunca aborrecidos, e uma óptima postura. O repertório escolhido dificilmente podia ser melhor, e terminar com a «Warcry Of The Southern Lands» foi perfeito. Muito bom mesmo, mas repito, Lux Ferre foram os senhores da noite.
Para terminar, um sincero agradecimento aos corajosos organizadores por terem tornado esta noite possível.Valeu cada quilómetro feito, e o resto…o resto são memórias impagáveis.
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Reportagem por Carlos Fonte