
Sendo óbvio que a era de «Visions» ou «Destiny» já lá vai e não volta, é também evidente que o novo disco significa uma clara melhoria relativamente à última década, e que a banda de Timo Kotipelto (voz) e seus pares parece ter recebido uma dose de inspiração vinda não se sabe bem de onde, quando parecia que a “torneira” já se tinha fechado. «Elysium» não é estonteante do início ao fim, mas tem inúmeros momentos dignos dos tempos mais áureos dos escandinavos. Estão de volta as melodias que se alojam na mente à primeira audição; os refrões que suplicam para serem cantados pelo público; os teclados certeiros e bons solos; enfim, toda uma cumplicidade de elementos perdida algures.
Durante os 56 minutos de Power Metal melódico, há espaço para temas mais rápidos e outros nem tanto, como é da praxe. As primeiras três faixas, são a prova de que quem sabe nunca esquece, e podem bem entrar num best of da banda. A meio da obra, “The Game Never Ends” (mais uma com todos os ingredientes referidos), medeia as mais calmas e emotivas “Fairness Justified” e “Lifetime In A Moment”. A partir daqui a atenção dispersa-se um pouco, mas o álbum aproxima-se do fim e o sentimento de satisfação não é beliscado por aí além. O tema homónimo de 18 minutos, a fechar, pode não ser de fácil digestão, mas é de uma enorme qualidade. Uma óptima notícia ainda lançarem álbuns que dão prazer ouvir. Que seja para continuar… e nem é preciso fazer melhor que este belíssimo «Elysium».
Nota: 8.7/10

1. Darkest Hours

2. Under Flaming Skies
3. Infernal Maze
4. Fairness Justified
5. The Game Never Ends
6. Lifetime In A Moment
7. Move The Mountain
8. Event Horizon
9. Elysium
Review por Carlos Fonte